O acesso às urgências continua com longos tempos de espera, com os distritos de Setúbal e Lisboa a serem dos mais afetados, segundo os dados disponíveis no site do Serviço Nacional de Saúde.
O Hospital Garcia de Orta, em Almada, é a unidade onde o tempo de espera é mais elevado. De acordo com o portal do SNS, às 07:50, um doente urgente (pulseira amarela) tinha de esperar em média nove horas e 18 minutos e estavam 17 pessoas a aguardar atendimento após triagem.
No Hospital Amadora-Sintra, o tempo médio de espera para um doente urgente era de seis horas e 40 minutos e havia seis pessoas a aguardar. No Beatriz Ângelo, em Loures, a espera era de sete horas e 30 minutos, com seis pessoas para serem atendidas.
No Hospital Santa Maria, em Lisboa, um utente com pulseira amarela esperava uma hora e 20 minutos.
No Hospital São João, no Porto, o tempo de espera para doentes urgentes ultrapassava as duas horas.
Estes tempos de espera não estão em linha com o recomendado pelo SNS, que prevê que um doente urgente não deve aguardar mais de uma hora para ser atendido.
Plano de inverno no SNS está a falhar?
A elevada afluência às urgências continua a exercer pressão sobre os hospitais. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, recusou, no entanto, a ideia de que o plano de Inverno para o SNS esteja a falhar.
Ana Paula Martins reconheceu, no entanto, que há tempos de espera demasiado elevados.
Nos últimos dias, houve doentes que chegaram a esperar cerca de 17 horas nas urgências da região de Lisboa e Vale do Tejo.