Os sinos nos campanários icónicos de Notre-Dame assinalaram o início da nova vida da catedral de Paris.
Durante a cerimónia foram exibidas as áreas, vitrais, imagens, relicários e esculturas reconstruídas ao longo de cinco anos e meio para devolver Notre-Dame a Paris e ao mundo.
Num momento emotivo, bombeiros e trabalhadores que participaram na reconstrução do monumento foram ovacionados pelos 1.500 convidados. Ao mesmo tempo, na fachada da catedral foi projetada a palavra “Merci” ("Obrigado", em português).
Nesta cerimónia foi também celebrado um serviço religioso, tendo sido lida uma mensagem do Papa Francisco, que recusou o convite para estar presente.
Papa pede entrada gratuita para os visitantes
Na sua mensagem, o Papa Francisco pediu para que as autoridades francesas acolham "generosa e gratuitamente" a "enorme multidão" de pessoas que vão querer visitar a reconstruída catedral.
"Que o renascimento desta admirável Igreja constitua um sinal profético da renovação da Igreja em França", acrescentou o Sumo Pontífice.
Com esta reabertura, o Presidente francês, Emmanuel Macron, que lançou o desafio de uma restauração da catedral em cinco anos após o incêndio, espera criar um "choque de esperança" num país mergulhado numa profunda crise política, desde a aprovação da moção de censura do Governo, na quinta-feira.
No domingo, o arcebispo de Paris vai celebrar uma missa a partir das 10:30, hora local, 09:30 em Lisboa. Será a primeira de oito dias consecutivos de missas, algumas abertas ao público, dedicadas à reabertura da Catedral de Notre-Dame.
O dia em que a Notre-Dame ardeu
A 15 de abril de 2019, tudo mudou na "jóia gótica". O telhado da catedral ardeu. O fogo tomou conta do pináculo e quase derrubou as torres sineiras.
Ainda não se sabe exatamente o que causou o incêndio no monumento que, antes do fogo, era o mais visitado da Europa. As autoridades francesas dizem que a causa poderá ter sido uma falha elétrica ou um cigarro aceso.