
A noite de 19 de junho foi de surpresas para a gastronomia mundial. A gala do World’s 50 Best Restaurants, que se realizou em Turim, Itália, foi cheia de novidades. O restaurante peruano Maido ascendeu à primeira posição, ultrapassando o espanhol Asador Etxebarri, de Bittor Arginzoniz, grande favorito à manutenção do primeiro lugar. O terceiro lugar coube ao mexicano Quintonil, do chef Jorge Vallejo e de Alejandra Flores, a sua mulher, seguido do DiverXO, de Dabiz Muñoz, em Madrid, e do Alchemist, de Ramus Munk, em Copenhaga.
O Belcanto de José Avillez ficou na posição 42, desceu 11 lugares em relação a 2024, e continua a ser o único restaurante nacional na prestigiada lista do World’s 50 Best Restaurants. Ao Boa Cama Boa Mesa, a partir de Turim, José Avillez confessa que “é uma enorme alegria e uma grande honra fazer parte, pelo sexto ano consecutivo, da lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Este reconhecimento enche-me de orgulho — não só por ser português, mas por poder representar a nossa cozinha, a nossa cultura e o nosso país num palco internacional tão prestigiado”.
José Avillez diz ainda que “está distinção não é só minha. É da minha equipa, que todos os dias dá o melhor de si com dedicação, talento e paixão e de toda a cozinha portuguesa em Portugal e no mundo. Tive a “sorte” e a enorme responsabilidade de ter sido “escolhido” para ajudar a representar e a promover a cozinha portuguesa no mundo e levo isto muito a sério. Continua reconhecendo que “este é também um momento de esperança e confiança: acredito profundamente que a cozinha portuguesa está a viver um grande momento e que em breve outros chefs e restaurantes portugueses vão ser também reconhecidos entre os melhores do mundo. Este reconhecimento é, acima de tudo, mais um incentivo para continuar a sonhar, a criar e dar-mos sempre o nosso melhor”.
Em 2025 o Belcanto (Rua Serpa Pinto, 10-A, Lisboa. Tel. 213420607) de José Avillez recebeu um Garfo de Platina no Guia Boa Cama Boa Mesa do Expresso. Nesta edição, sobre o restaurante que ostenta também duas estrelas Michelin, pode ler-se que “A excelência e a criatividade de José Avillez ultrapassam expectativas e geram emoções. Apoia-se a experiência na competente equipa de sala, capaz de potenciar na perfeição os vinhos. Sabor, elegância e delicadeza marcam a degustação. Totalmente renovada, parte das memórias e experiências do chef, entre o campo e o mar, com a tradição como ponto de partida e a sazonalidade a servir de matriz temporal. Juntam-se pratos como “Lírio, couve e caldo de cozido à portuguesa” e “Lavagante e lulinhas à pé descalço”, que guarnece com reconfortantes migas, caril verde e ervilha lágrima. Mantém-se, atualizada, a beterraba em diferentes texturas e leite de pinhão. “Gema confitada, enguia, cogumelos e trufa” marca a estação e fica gravada na memória. O mar eleva-se com o pregado grelhado com arroz cremoso de lingueirão. Registe-se a provocação com a “clássica” barriga de leitão a acompanhar com “mole de sarrabulho”, cruzando México e Bairrada. Na carta encontram-se ainda algumas famosas criações de Avillez, como a já eterna “A horta da galinha dos ovos de ouro”. Bravo!