"Perdemos o contacto com a nave. Infelizmente, isso aconteceu tal como da última vez", adiantou Dan Huot, funcionário da SpaceX, acrescentando que a empresa estava a trabalhar "em estreita colaboração com as autoridades de controlo de tráfego aéreo".

A explosão do módulo superior num teste em janeiro espalhou destroços sobre as Caraíbas e causou danos materiais mínimos nas Ilhas Turcas e Caicos.

O Starship, o maior foguetão alguma vez construído e atualmente em desenvolvimento pela SpaceX de Elon Musk para ir à Lua e a Marte, tinha descolado na quinta-feira no Texas para um novo voo de teste.

A SpaceX captou o propulsor na plataforma com braços mecânicos gigantes, mas os motores da nave espacial, no módulo superior, começaram a desligar-se à medida que avançava para leste, para o que deveria ser uma entrada controlada sobre o Oceano Índico, a meio mundo de distância. O contacto com a nave espacial foi perdido quando esta entrou em rotação descontrolada.

Para este voo, o megafoguetão contou com aviónica atualizada, incluindo um computador de voo mais potente, melhor distribuição de energia e rede, bem como baterias inteligentes integradas, de acordo com a SpaceX.

O módulo superior da Starship devia lançar quatro versões fictícias dos satélites de banda larga de internet Starlink da SpaceX numa trajetória suborbital antes da reentrada controlada no oceano Índico, na costa da Austrália Ocidental.

A NASA acompanhou de perto a ação. A agência espacial norte-americana reservou a Starship para aterrar os seus astronautas na Lua no final desta década. Elon Musk tem como alvo Marte com a Starship.

As naves espaciais partem do extremo sul do Texas, perto da fronteira com o México. A SpaceX está a construir outro complexo Starship no Cabo Canaveral, na Florida, lar dos foguetões Falcon mais pequenos da empresa, que transportam astronautas e satélites para órbita.