A utilização de imagens de animais criadas por inteligência artificial está a ser vista por especialistas como um risco. Embora estas imagens possam parecer realistas e atrativas, um conjunto de especialistas alerta que frequentemente não correspondem à realidade. Segundo cientistas, que trabalham na conservação de espécies e educação ambiental, muitas destas representações aparentam ser fiéis, mas escondem erros significativos.

As falhas vão desde proporções corporais incorretas até padrões de pele e pelo que não existem na natureza. Em alguns casos, o número de patas ou a sua posição não correspondem às características reais da espécie. A tendência da tecnologia é ainda a de idealizar os animais, atribuindo-lhes olhos ou cabeças desproporcionalmente grandes e uma aparência excessivamente limpa, que não reflete o ambiente selvagem.

Enquanto especialistas conseguem identificar estas imprecisões com facilidade, o público em geral pode não distinguir imagens artificiais de registos reais. Esta perceção incorreta pode contribuir para uma visão distorcida da biodiversidade, e agravar a perda já observada de conhecimento em história natural e dificultar a consciencialização sobre a extinção de espécies.

As imagens criadas por inteligência artificial devem ser sempre identificadas de forma clara e acessível. Para a melhor transmissão de conhecimento científico ou ambiental, o recurso deve continuar a ser o trabalho de fotógrafos profissionais da natureza.