O Secretário da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora, Paulo Ferreira, admitiu que em 2025 as 14 associações humanitárias poderão receber um reforço no combate aos incêndios.

Em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), este investimento nas corporações irá envolver «muitos milhões de euros», que só será possível «através do PRR e da CIMAC».

Assim, cada corporação poderá receber «um veículo de fogos que seja o mais adequado ao concelho que se destina».

Em relação ao pagamento, o secretário da federação sublinhou que «os presidentes de Câmara, com muito boa vontade da parte deles e das populações que eles representam, vão pagar a outra parte que corresponde a nós, associações».

Estas declarações foram proferidas no 88º aniversário dos bombeiros de Vila Viçosa, onde Paulo Ferreira acabou por parabenizar, mas também comentar que não estão só «ao serviço de Vila Viçosa, porque como sabemos, tanto nos concelhos limítrofes bem como no país todo, eles sempre responderam presentes».

«Se as pessoas fizerem conta ao número de dias, de horas e minutos ao serviço da população é uma coisa estrondosa», acrescentou.

Sublinhou ainda que os bombeiros, no geral, «evoluíram muito», uma vez que «temos mais poder, mas também mais responsabilidade».

Contudo, «felizmente temos pessoas muito mais bem preparadas e mais bem letradas no socorro direto», havendo assim «um esforço ainda muito grande da nossa parte em modernizar tudo o que são as nossas vias de comunicação».

O Secretário da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora realçou também a aquisição da ambulância 4×4 por parte dos empresários da zona dos mármores, o que considerou uma «amostra extraordinária de solidariedade»: «Transcende tudo o que nos é possível de ver».

«Esperemos que seja usada poucas vezes, porque também sabemos que estatisticamente os acidentes nas pedreiras felizmente diminuíram muito», complementou Paula Ferreira, referindo ainda que «quando eu era criança era raro o dia que não se ouvia um acidente quase sempre fatal e agora já não».

No entanto, o secretário da federação enfatizou que já anda a pedir «há muitos anos» que os concelhos da zona dos mármores «avancem para a compra de uma todo-o-terreno por causa dos Granfondos e dos BTT»

«Todos nós temos muita dificuldade, principalmente de se chegar à Serra d’Ossa e alguns pontos aqui das pedreiras», complementou.