A PSP, no âmbito do Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança, iniciou a Operação ‘A Solidariedade Não Tem Idade – a PSP com os idosos’, em todo o território nacional.

O objectivo é a realização de contactos individuais de prevenção criminal e de ações de sensibilização junto da população idosa.

Esta operação, de cariz preventivo, termina no dia 26 de setembro e é realizada, anualmente, desde 2012, maioritariamente através dos polícias afetos às Equipas de Proximidade e Apoio à Vítima (EPAV), inseridas no Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP).

Os polícias realizam visitas a idosos, pessoas que se encontram em situações de especial vulnerabilidade devido a riscos associados, bem como à problemática do seu isolamento social, visando a deteção, tão precoce quanto possível, de casos de fragilidade social, vulnerabilidade física e/ou psíquica e suspeitas de crimes contra a integridade física, bem como a promoção do apoio imediato e necessário através de respostas concertadas com as entidades parceiras.

De acordo com o comunicado da PSP, segundo os resultados dos Censos 2021, agravou-se o fenómeno do duplo envelhecimento da população idosa, devido ao seu aumento expressivo e à diminuição da população jovem.

Em 2021 a percentagem de população idosa representou 23,4% da população total, enquanto a dos jovens (0-14 anos) representou apenas 12,9%.

O índice de envelhecimento cresceu em relação aos Censos 2011 e situa-se nos 182 idosos por cada 100 jovens. Em 2011 este índice era de 128 idosos e em 2001 era de 102 idosos por cada 100 jovens.

A PSP frisa que «as vulnerabilidades físicas, psíquicas e mentais que se vão agravando com a idade, bem como a consequente perda de autonomia, tornam os idosos vítimas preferenciais e menos aptas à autodefesa em relação a crimes contra o património (roubo, burla, extorsão), contra a liberdade pessoal (ameaça, coação, sequestro) e contra a integridade física (ofensas à integridade física, violência doméstica, maus-tratos), contribuindo para o aumento da insegurança objetiva.

A estas vulnerabilidades associam-se ainda, pontualmente, as de cariz económico, materializadas em frágeis condições de habitação, higiene, saúde pública, saúde individual (muitas vezes dependentes de medicação regular) ou alimentação.»

Os polícias das EPAV procuram recolher indícios que apontem para algum destes indicadores de risco, informação essa que posteriormente é partilhada com as entidades parceiras com capacidade de intervenção neste domínio, instituições locais de apoio/assistência social ou serviços médicos, salvaguardando as áreas de intervenção próprias de cada uma.

«A par deste esforço de pesquisa, estes polícias são, muitas vezes, a única companhia ou ‘cara amiga’ que estes idosos têm, tornando-se nos seus confidentes, amigos e familiares.

Esta proximidade que se cria entre polícia e cidadão é a verdadeira essência do policiamento de proximidade e uma das principais missões da PSP.»

A PSP continua também a disponibilizar o programa ‘Estou Aqui Adultos!’, iniciado em 2015 em parceria com a Fundação Altice, destinado a pessoas com potencial de perturbação da referenciação espácio temporal.

Esta ferramenta de segurança permite promover o reencontro célere da pessoa aderente com a respetiva família ou instituição de apoio.

Desde o início do programa já foram entregues 19.500 pulseiras e a PSP já promoveu o reencontro com as suas famílias de 109 pessoas que se encontravam perdidas ou desorientadas.