Baixar o preço da água em Oliveira de Azeméis, foi este o primeiro compromisso que Pedro Marques, candidato à Câmara Municipal pela AD – Coligação PSD/CDS, assumiu no lançamento da campanha autárquica, realizado no Hotel Dighton na noite de quinta-feira, 17 de julho.

No primeiro discurso com a máquina de campanha já montada, Pedro Marques começou por explicar as motivações que o levaram até à candidatura para presidir a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. “Apresento-me hoje aqui como candidato à presidência da Câmara de Oliveira de Azeméis com o firme propósito de servir esta terra, a minha terra”, explicou o social-democrata, que rapidamente passou para desvendar os primeiros pontos do programa eleitoral.

A redução do custo da água dos oliveirenses foi o primeiro compromisso assumido por Pedro Marques, que indicou que esta tem de ser vista como um bem essencial: “A água não pode ser um luxo e por isso o primeiro compromisso que aqui assumo hoje é este: vamos baixar o preço da água em Oliveira das Azeméis”. O líder concelhio do PSD traçou ainda um objetivo dentro desta redução, “colocar o tarifário abaixo da média nacional e sabemos que é possível”, e para alcançar este objetivo, o candidato baseia-se na renegociação feita em Vila de Conde com a Indaqua recentemente.

A habitação foi o segundo tema abordado por Pedro Marques. O candidato reconhece que este é um problema nacional e não só de Oliveira de Azeméis, mas acredita que esta pode ser uma “oportunidade estratégica para o nosso desenvolvimento” que, segundo o próprio, “adormeceu nos últimos anos”. O social-democrata pretende promover habitação acessível, sustentável e de qualidade por todo o concelho, não concentrado tudo no centro. O objetivo da candidatura é fixar jovens e atrair mais famílias, colaborando com freguesias e privados, e incentivando a construção responsável para "valorizar o património existente" e "criar um mecanismo justo de solidariedade da sociedade para com os mais favorecidos".

A valorização do território também foi mencionada por Pedro Marques, que criticou a concentração do investimento realizado “sempre nos mesmos lugares” e prometeu “olhar para cada freguesia com atenção, com respeito, com estratégia, com responsabilidade e igualdade de oportunidades”.

O candidato da AD também piscou o olho às empresas no seu discurso, não só na questão do custo da água, quando mencionou que baixar o preço irá permitir reduzir os custos de produção nas empresas oliveirenses, mas também criar um canal de comunicação direto com os empresários para que a Câmara “ao lado dos empresários, ouvir os seus problemas, agilizar processos”.

Pedro Marques lançou ainda a proposta de tornar Oliveira de Azeméis numa zona franca, “seja como zona económica ou outra”. Para este objetivo o social-democrata propôs trabalhar com autoridades portuguesas e europeias e espera “captar empresas e empreendedores, que crie emprego e riqueza, que valorize as empresas e os empresários que cá estão e abram portas para novas oportunidades e novos horizontes de desenvolvimento”. Marques enfatizou ainda a meta de tornar do concelho “capital da inovação tecnológica e industrial”.

Pedro Marques destacou, ainda, o associativismo como uma das maiores forças de Oliveira de Azeméis, prometendo reforçá-lo com respeito e apoio em espírito de parceria. Anunciou a criação de um Plano Diretor Municipal de desenvolvimento e apoio ao associativismo para 2025-2030, e a intenção de construir um pavilhão multiusos moderno no concelho, que estaria funcional ainda neste mandato, para acolher grandes eventos.

O candidato assumiu o compromisso de requalificar a Estalagem de São Miguel no Parque La Salette, descrita como uma "ferida aberta", com recurso a fundos comunitários, e de exigir a requalificação urgente das ETARs e uma nova abordagem intermunicipal para acabar com a poluição dos rios Antuã e Ul. Nas áreas da educação, juventude e longevidade, propôs valorizar a rede escolar, investir no ensino técnico e profissional com maior ligação entre escolas e empresas, e apoiar jovens e idosos com programas específicos, incluindo uma rede municipal de cuidadores. Por fim, abordou a mobilidade, prometendo melhorar as ligações entre as freguesias e a cidade com transportes públicos mais eficientes, e lamentou a inexistência de ciclovias nos últimos oito anos, comprometendo-se a integrar uma rede de ciclovias na malha urbana e ligações entre freguesias.