
A nova Loja do Cidadão Móvel foi apresentada esta quarta-feira no atrium da Igreja do Bairro Alentejano, na freguesia da Quinta do Anjo, numa cerimónia marcada pela presença do presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, responsáveis da AMA — Agência para a Modernização Administrativa, autarcas locais e técnicos envolvidos no projeto.
Este serviço inovador, pioneiro a nível nacional, distingue-se por levar atendimento público de qualidade às zonas mais dispersas do concelho, o maior da Área Metropolitana de Lisboa, com mais de 460 quilómetros quadrados. O veículo, requalificado e adaptado às novas exigências tecnológicas e de acessibilidade, incorpora agora uma rampa de mobilidade reduzida, novos postos de atendimento e melhores condições para trabalhadores e cidadãos.
Durante a apresentação, o edil, Álvaro Amaro, sublinhou a importância da descentralização e proximidade aos cidadãos, lembrando que “este projeto, que já foi pioneiro em Portugal, renasce agora com mais força, mais condições e um alargado leque de serviços”.
Também Tiago de Ramos, da AMA, destacou o caráter único da viatura no país, referindo que “é a única loja móvel da rede nacional com estas características” e elogiando o compromisso do município na aposta contínua na modernização administrativa e qualidade do atendimento.
A Loja do Cidadão Móvel de Palmela conta com cerca de 20 paragens em diferentes pontos do concelho, estando preparada para prestar serviços tanto da administração local como central — nomeadamente registos, notariado, e atendimento através do Espaço Cidadão. A primeira carrinha com serviços mais reduzidos, foi uma parceria com a Autoeuropa e a AutoVision permitiu a conceção tecnológica e adaptação da viatura, num exemplo de articulação entre o poder público e a iniciativa privada.
O vereador Luís Miguel Calha recordou o reconhecimento internacional do projeto como boa prática europeia, fruto da sua apresentação em Roma no âmbito de redes de cidades inteligentes, e destacou o esforço da equipa municipal em garantir serviços mais acessíveis à população.
O serviço, que agora regressa ao terreno com um novo impulso, é também uma resposta direta às necessidades das populações mais afastadas dos centros urbanos, reduzindo deslocações e combatendo o isolamento. Uma funcionária da Conservatória, em representação da conservadora ausente, sublinhou que “este tipo de serviço é vital para os nossos idosos, que dependem muitas vezes de terceiros para tratar da sua vida administrativa”.
A Loja Móvel funcionará em articulação com as juntas de freguesia, coletividades e instituições locais, e representa um novo modelo de serviço público descentralizado, eficaz e humanizado.