Nuno da Câmara Pereira anunciou que já não será candidato à Câmara Municipal de Belmonte nas próximas eleições autárquicas.

A decisão foi tornada pública através de uma publicação na sua página pessoal no Facebook.

O fadista, que se preparava para concorrer pelo partido Chega, justifica a desistência com as recentes notícias que o envolvem num processo judicial relacionado com uma herança familiar. Na mensagem divulgada, afirma que tomou a decisão “após uma reflexão pessoal e de ter ouvido as pessoas mais próximas”, acrescentando que não será “candidato de quem tem dúvidas quanto à minha capacidade de cidadão livre e independente”.

Na mesma publicação, o antigo dirigente do Partido Popular Monárquico (PPM) critica o que classifica como “notícias manipuladas” e “plantadas de forma cirúrgica” contra a sua pessoa, considerando que estas revelam o “incómodo que a candidatura provocou em certos meios”.

Embora o processo judicial ainda não tenha sido concluído, Câmara Pereira reconhece que o Chega demonstrou “reservas quanto à manutenção da confiança política”. Por isso, opta por retirar-se da corrida, afirmando: “A bem da liberdade que continuarei a gozar, deixo o caminho livre a outros nomes”, com a esperança de que Belmonte, “terra que considero ser também a minha, venha a prosperar no futuro”.