A morte misteriosa de uma mãe de 49 anos e o do seu filho de 7 anos, ocorridas em setembro de 2023 ,em Coimbra, terá sido por causas naturais, não existindo indícios criminais, revelou hoje em comunicado o Ministério Público.

A Procuradoria da República da Comarca de Coimbra, adianta MP “entendeu não existirem indícios de responsabilidade criminal na ocorrência daquelas duas mortes”.

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DCIAP) de Coimbra, com a coadjuvação da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária, considera que “foram efetuadas exaustivas diligências de prova que incluíram, designadamente, a realização de perícias médico-legais, exames e estudos toxicológicos e laboratoriais, junção de documentos clínicos e inquirição de testemunhas”.

“Das diligências realizadas não resultou qualquer elemento objetivo e factual, pericial ou meramente indiciário, suscetível de considerar a eventual ação humana, negligente, dolosa ou acidental, na causa da morte da criança e da sua mãe”, realça ainda o MP.

Adiantando que os relatórios de autópsia “concluíram, com particular relevo”, que a morte da criança “foi devida a miocardite aguda linfocítica e pneumonia/pneumonite aguda, ambas de eventual etiologia vírica, complicadas de falência multiorgânica”.

“Tal quadro nosológico denota admissível origem natural”, explica.

Em relação ao caso da mãe, “nada obsta” a que aquela “tenha sido devida a infeção por Rinovirus A, associada a disfunção multiorgânica em contexto de choque sético, que surgiu como complicação”.

“Tal constitui causa de morte natural”, frisa o MP.