O Presidente da República admitiu hoje convocar as eleições presidenciais do próximo ano para 18 de janeiro e disse esperar que o seu sucessor ou sucessora goste de livros tanto ou mais do que os antecessores.

Em declarações aos jornalistas, na Feira do Livro de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que não irá comentar as candidaturas à sua sucessão: “Não me vou pronunciar daqui até à eleição, que é em janeiro, espero que 18 de janeiro, ainda nem sequer fixei a data”.

Há seis meses, o chefe de Estado tinha indicado que tencionava marcar as presidenciais de 2026 para outra data, 25 de janeiro, calhando nesse caso uma eventual segunda volta em 15 de fevereiro, três semanas depois.

Hoje, durante a cerimónia de inauguração da 95.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que na próxima edição voltará a estar presente no Parque Eduardo XVII, na assistência, e referiu-se ao seu sucessor ou sucessora.

“Para o ano aqui estarei, ou antes, aí estarei, desse lado, como convidado ou como visitante que se faz convidado”, declarou.

Quanto a quem lhe irá suceder, o Presidente da República manifestou-se “certo de que deste púlpito alguém continuará a dar voz à função constitucional e fundamental de defender a língua e a cultura portuguesa” e “gostando de livros tanto ou mais do que os seus antecessores”.

“Está no ADN da nossa democracia gostar de escrever, gostar de ler, gostar de citar, gostar de inspirar livros e leituras, gostar de saber mais para Portugal ser melhor”, considerou.