O Encontro Nacional de Jornalismo Universitário 2024 (ENJU 2024) realizou-se entre os dias 22 e 24 de março, em Coimbra, e contou com a presença de cerca de 70 estudantes de diferentes órgãos de comunicação académicos, espalhados pelo país fora, refere hoje em nota a ENJU.

Este congresso “serviu como lugar de discussão e reflexão sobre o papel do jornalismo universitário, as suas limitações e urgências, e deu origem a um documento de conclusões e propostas dirigido às redações académicas em construção, aos jornalistas e, em particular, às entidades reguladoras do jornalismo. Com esta declaração, pretendemos expor a situação atual das redações académicas e procurar dignificar e responsabilizar o trabalho dos jornalistas estudantes”, frisa.

Ao alertar para a “importância do serviço desenvolvido pelos projetos jornalísticos em âmbito académico, é nosso objetivo incentivar as direções sindicais e os conselhos reguladores da carteira profissional e da comunicação social a refletir sobre o papel destas redações na preparação de futuros profissionais e a encontrar respostas para os problemas levantados. Desde a ausência de um estatuto que proteja e responsabilize os estudantes, à descredibilização do trabalho de âmbito regional e à falta de financiamento para projetos de jornalismo universitário”.

Às direções dos órgãos de regulação da comunicação, “exigimos soluções para os projetos de jornalismo universitário, com a garantia de que os estudantes são ouvidos no processo de tomada de decisões. Em última análise, as resoluções deste Encontro Nacional são reflexo da vontade de aproximação dos estudantes de jornalismo aos dirigentes dos organismos de fiscalização dos media, com vista a fomentar a produção de projetos de jornalismo profissional e amador que se regem pela consagração do direito democrático e do pluralismo”.

Apesar de confrontados com uma “realidade assustadora”, o ENJU é “prova de que os estudantes se mantêm convictos em lutar pela profissão”, salientam.

A prática aliada à teoria “tem-se revelado, para todos nós, completamente indispensável, dotando os alunos que participam em projetos de jornalismo académico de uma bagagem cultural e ritmo de trabalho que os distingue dos restantes”, entendem.

O apoio destes corpos diretivos “fará toda a diferença na gestão dos órgãos de comunicação académicos e na formação pedagógica, ética e deontológica da próxima geração de jornalistas e profissionais da comunicação”, dizem a concluir.