Na sua 19.ª edição, o Festival Terras sem Sombra (TSS), sob o lema “O que fica do que passa: Um breviário de resistência musical”, direciona-se para o Alentejo costeiro para um derradeiro fim-de-semana de cultura, história e natureza, onde o oceano se ergue como cenário. Este evento, que contou com o apoio fundamental do município local, da Embaixada da Polónia e da Direção Regional de Cultura, reserva uma despedida memorável aos amantes da música, do património e da biodiversidade.

No concelho de Sines, a 16 de dezembro, o festival brinda os presentes com “A Música é a Minha Pátria”, um concerto que reúne quatro exímios intérpretes polacos. Jakub Jakowicz no violino, Bartosz Koziak no violoncelo, Grzegorz Mania e Piotr Różański ao piano encantarão o público com um programa exclusivamente dedicado a renomados compositores polacos dos séculos XX e XXI. Estes talentosos músicos, formados em prestigiadas academias de Varsóvia e Cracóvia, são reconhecidos pelo seu virtuosismo e já deixaram a sua marca em palcos europeus e festivais internacionais.

Antecedendo esta envolvente jornada musical, às 15h00 do mesmo dia, em Porto Covo, ocorrerá uma visita guiada ao Património Cultural. “Porto Covo: Um Exemplo de Urbanismo das Luzes”, conduzida por Ricardo Pereira do Museu de Sines, revelará os traços do urbanismo pombalino nesta localidade alentejana, destacando a sua influência na estruturação urbana.

No domingo pela manhã (17 de dezembro, 9h30), no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a atividade “Oceano Adentro: A Área Marinha Protegida de Porto Covo” marca o encerramento da temporada de 2023 do TSS. Conduzida pelo especialista em biologia marinha, João Castro, esta ação convida os participantes a contemplar o oceano, compreendendo a inestimável importância da maior zona protegida de mar em Portugal continental, situada defronte ao Atlântico e à Ilha do Pessegueiro.

Com uma área marinha de 28.991,52 hectares, o Parque abriga uma vasta diversidade de habitats costeiros e uma miríade de espécies marinhas, algumas delas com estatuto de conservação e outras endémicas, refletindo a riqueza e importância desta região para a biodiversidade.

O Festival Terras sem Sombra encerra esta temporada com um olhar voltado para o futuro, deixando a promessa de novidades em breve sobre a próxima edição. O legado desta temporada ecoará como um tributo à música, ao património e à preservação da natureza, celebrando a união entre culturas e a partilha de conhecimento.