
O presidente da Câmara Municipal de Famalicão, em declarações ao ECO Oline, diz que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está atrasar a construção do terminal ferroviário de mercadorias em Lousado. Lembra que o processo está na APA desde 2019 e que ainda não houve uma decisão quanto à sua viabilidade.
Para o autarca, o projeto da Medway é um dos maiores da Península Ibérica e, segundo os promotores e a Câmara Municipal de Famalicão, terá uma importância vital para a economia do país e não só a famalicense. Mas, especialmente este eixo de Famalicão-Maia-Porto, com caraterísticas fortemente exportadoras.
Recorde-se que a APA tem em mão o processo do impacte ambiental do projeto num terreno, já adquirido pela Medway, em que foi detetado arsénio que será de origem natural, segundo uma análise já efetuada.
Mário Passos, em declarações ao mesmo jornal, admite ter interpelado a APA sobre este atraso e também fez uma abordagem ao Governo, por intermédio do Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, que se terá comprometido a desenvolver diligências junto do presidente da APA para que o problema seja resolvido.
O presidente da Câmara de Famalicão adianta que «se o transporte ferroviário é mais barato, obviamente a competitividade territorial aumenta. E depois há ainda questão ambiental», também relevante.
Recorde-se que em maio deste ano, a presença de arsénio nos terrenos em Lousado, onde a Medway vai construir o Terminal Rodoferroviário, provocou atrasos neste projeto de 80 milhões de euros. Na altura, a empresa garantia «que este investimento em Famalicão é prioritário».
O terminal da Medway ocupará cerca de 22 hectares, disporá de quatro linhas com 750 metros de comprimento, parque para 11 mil TEU (incluindo refrigerados), zona de mercadorias perigosas, espaços de armazenagem e de serviços logísticos, parque seguro para camiões e oficinas.