Pedro Almeida e António Costa não vão participar no Rali da Madeira, a próxima prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), a disputar nos primeiros dias de agosto. «Há aqui sentimentos distintos, porque temos evoluído e estamos mais competitivos – os resultados são prova disso – mas também há a noção da realidade. No atual quadro, o CPR não beneficia os pilotos mais jovens, numa modalidade que obriga a um investimento avultado e decidimos parar, não alinhar na Madeira e provavelmente no que resta do campeonato», explica o piloto.

A decisão está relacionada com o tempo despendido e o orçamento que implica. «Não tendo o apoio oficial de uma marca, temos de saber gerir o orçamento, equacionar se vale a pena, e foi o que fizemos. Diria que é uma pausa para pensar, redirecionar objetivos e preparar o futuro para perceber se o que damos às corridas vale todo o investimento e dedicação que temos tido», clarifica o piloto.

«Em Castelo Branco tivemos um conjunto de situações que nos obrigaram a andar a discutir coisas que não fazem sentido, e questionamos se valeria a pena continuar no campeonato, quando pouco temos a ganhar – muito pelo contrário», acrescentou. Recorde-se que venceu no Rali de Portugal e foi terceiro na prova de Castelo Branco.

Pedro Almeida não esconde a vontade de voltar à estrada e fala da Madeira como «um rali especial», quer «pelo público, pelo traçado e pela beleza da ilha». Termina, agradecendo ao público e aos parceiros. «Vão perceber as razões e estou certo de que vão estar do nosso lado no regresso».