A coordenação concelhia da CDU denuncia que falta de recursos humanos nos CTT leva a atrasos na distribuição postal. A estrutura partidária diz que a situação já dura há meses, mas que «tem vindo a agravar-se».

«Está com menos de 30% do quadro de pessoal necessário para uma distribuição atempada, pelo que tem aumentado o atraso na entrega postal, originando a que muitos munícipes recebam a segunda via da fatura sem nunca terem recebido a primeira notificação», realça. «Esta situação tem acarretado custos significativos para os munícipes, que se veem forçados a pagar taxas acrescidas e juros por alegado atraso no pagamento, emissão de segundas vias (no caso de reformas e pensões), apesar de não terem qualquer responsabilidade pelo atraso no cumprimento das suas obrigações, facto unicamente imputado ao deficiente serviço dos CTT».
Na análise da CDU, o que está em causa «são as opções políticas erradas, nomeadamente a privatização dos CTT e com a qual o PSD e o CDS estão seriamente comprometidos, assim como o “assobiar para o lado” do município», isto por não «exigir aos CTT rigoroso cumprimento das suas obrigações e respeito pelo interesse público». Neste sentido, a CDU também não acha correto que o município esteja a suportar custos com segunda via e, por outro lado, a taxar os munícipes pelos atrasos nos pagamentos e «a ameaçar de corte» o serviço.

A proposta da CDU, com abrangência nacional, passa pelo reforço do quadro de pessoal dos CTT, «de modo a assegurar-se a prestação deste relevante serviço de interesse público, em conformidade com o estipulado nas bases do serviço postal universal, entre o Estado e os CTT».
A CDU reconhece que os trabalhadores dos CTT merecem «todo o respeito da comunidade pelo seu empenho e dedicação no serviço público que prestam, reconhecendo que não lhes cabe qualquer culpa ou crítica pelos tristes acontecimentos e que, em muitas situações, são eles próprios vítimas deste modelo de organização capitalista, tendo as suas lutas insistentes um exemplo responsável na defesa dos direitos de todos nós».