
No próximo dia 27 de março, pelas 18h00, o Palácio de D. Manuel em Évora será palco da inauguração de uma exposição que promete transportar os visitantes numa viagem única pelo megalitismo eborense. Comemorando os 60 anos da identificação dos monumentos megalíticos mais importantes de Portugal – o Cromeleque dos Almendres e a Anta Grande do Zambujeiro – a Câmara Municipal de Évora presta homenagem a esta descoberta histórica através de uma mostra fascinante.
A exposição, intitulada “Do “Cabeço da Anta” ao “Alto das Pedras Talhas” – Retratos de uma Descoberta”, estará aberta ao público entre os dias 27 de março e 27 de outubro, na sala de exposições temporárias do Palácio de D. Manuel. Construída a partir do espólio documental e fotográfico do saudoso arqueólogo Henrique Leonor de Pina (1930-2018), doado pela sua família à autarquia, esta exposição oferece uma oportunidade única para mergulhar na história e na importância do megalitismo na região de Évora.
A mostra é uma viagem através de imagens e palavras, mas, sobretudo, uma celebração das memórias e do legado deixados por aqueles que, ao longo dos séculos, moldaram o território com o seu conhecimento ancestral. Henrique Leonor de Pina, uma figura ímpar na história da arqueologia portuguesa, desempenhou um papel fundamental na identificação e promoção dos monumentos megalíticos em Évora. Os seus trabalhos na década de 60 do século XX foram fundamentais para destacar a riqueza patrimonial da região, com a identificação de monumentos como os Cromeleques dos Almendres e da Portela de Mogos, além da Anta Grande do Zambujeiro.
Évora orgulha-se de albergar uma das maiores concentrações de monumentos megalíticos da Europa, o que se deve, em parte, à sua localização geográfica privilegiada e à abundância de matéria-prima para a construção destes monumentos.
A exposição estará aberta para visita de terça-feira a domingo, entre as 09h00 e as 12h30 e as 14h00 e as 18h00. Em breve, serão divulgados mais detalhes sobre um programa educativo alargado, que incluirá visitas orientadas, oficinas de arqueologia experimental e ciclos de conferências sobre o património megalítico eborense.