
Segundo o Jornal Público deste domingo, o Banco de Portugal tem recebido, anualmente, mais de um milhão de euros em notas degradadas, muitas delas devido à prática de enterrar dinheiro. Este ano, até outubro, já foram entregues 1,5 milhões de euros em notas danificadas, superando o total de 2023.
O fenómeno, ligado a questões como a falta de confiança nos bancos ou a necessidade de ter dinheiro disponível para emergências, revela-se um problema antigo que persiste. José Luís Ferreira, coordenador do Banco de Portugal, alerta que “as pessoas acham que o dinheiro não se estraga, mas isso não é verdade.” A humidade do solo e outros fatores ambientais tornam as notas inutilizáveis.
Um caso recente ilustra bem a situação: cerca de 9000 euros, aparentemente enterrados, estavam tão danificados que pareciam ter sido roídos por animais. Apesar dos danos, o Banco de Portugal substitui estas notas por outras novas, garantindo o valor aos seus proprietários.