No cenário desportivo de Portalegre, as eleições para a direção da Associação de Futebol têm sido marcadas por uma série de incidentes que levantam sérias questões sobre a transparência e a equidade do processo eleitoral.

Em comunicado enviado á nossa redação a lista “SOMOS A MUDANÇA” dá conta de uma serie de supostas irregularidades e falta de transparência em todo o processo.

Desde a apresentação da lista , liderada pelo Prof. Hugo Andriaça, em outubro de 2023, diz ter-se manifestado obstáculos consideráveis à sua participação legítima no ato eleitoral. Alega-se que o atual presidente, Eng. Daniel Pina, e a sua direção têm implementado medidas que prejudicam o desenvolvimento normal da referida lista, o que levanta dúvidas sobre a imparcialidade do processo.

A falta de resposta a comunicações iniciais e a ausência de informações sobre o processo eleitoral têm contribuído para um ambiente de desconfiança entre as partes envolvidas. Alega-se que ações do atual presidente visam favorecer a sua própria lista, “Rumo Certo”, mediante práticas questionáveis, como a mudança de formulários de subscrição e a marcação das eleições para fevereiro de 2024, em meio à temporada desportiva.

A denúncia de notícias caluniosas contra o cabeça de lista da “SOMOS A MUDANÇA” revela um contexto de ataque pessoal, uma estratégia que, segundo a lista concorrente, seria uma tentativa de desviar o foco da ausência de propostas concretas.

Alegações de pressão sobre clubes para aderirem à lista “Rumo Certo” e possíveis atropelos éticos, como a presença de suplentes de clubes na referida lista, adicionam contornos de questionabilidade ao processo eleitoral. Questões sobre a conduta do Presidente do Conselho de Arbitragem, Paulo Paiva, na obtenção de subscrições também são colocadas em destaque.

A gestão financeira da Associação de Futebol de Portalegre é alvo de críticas, com alegações de gastos excessivos em equipamentos e viagens, bem como aquisições de telemóveis de alto custo. Denúncias sobre a remuneração do presidente e sua utilização inadequada dos recursos da Associação, incluindo a suposta venda de bilhetes no estádio da Luz, são apontadas como exemplos de práticas questionáveis.

A lista “SOMOS A MUDANÇA” destaca o apoio significativo de várias entidades, incluindo câmaras municipais, juntas de freguesia e outros clubes, reforçando a ideia de que a candidatura não está isolada na busca por transparência e integridade.

Apesar dos desafios enfrentados, a lista afirma que não abandonará a causa e compromete-se a trabalhar continuamente pelo bem do distrito, do futebol e do futsal local. As alegações apresentadas serão encaminhadas à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para avaliação das possíveis irregularidades no processo eleitoral.

Em resumo, as eleições na Associação de Futebol de Portalegre encontram-se envoltas numa nuvem de incertezas, com os eventos recentes levantando sérias questões sobre a condução ética e democrática do processo eleitoral. A comunidade desportiva local aguarda ansiosamente por uma resolução justa e transparente para assegurar a continuidade do desporto na região.