
Hoje relembramos um dos capítulos mais inesquecíveis na história de Portugal: a Batalha de Aljubarrota, travada em 14 de agosto de 1385. Além da vitória sobre os invasores castelhanos, o legado dessa épica batalha é eternizado pela lenda da Padeira de Aljubarrota.
Brites de Almeida, conhecida como a Padeira de Aljubarrota, nasceu no século XIV, em Faro. De origens humildes, desde criança ela preferia saventurar-se e lutar a ajudar os seus pais na taberna que sustentava a família. Órfã aos vinte anos, vendeu suas escassas heranças e adotou uma vida nómada, cruzando caminhos com diversas pessoas e lugares.
Dominando a arte da espada e do combate, Brites tornou-se famosa pela sua destreza e coragem. Farta da vida errante, aceitou um trabalho como padeira em Aljubarrota e casou-se com um humilde lavrador.
Quando os primeiros rumores da Batalha de Aljubarrota se espalharam, a natureza audaz de Brites impeliu-a à ação. Empunhando a primeira arma que encontrou, uniu-se ao exército português que enfrentou e derrotou os castelhanos invasores naquele dia fatídico.
Ao voltar para casa, exausta mas satisfeita, Brites foi surpreendida por um som estranho: sete castelhanos escondiam-se no forno da sua padaria. Sem hesitação, ela pegou na sua pá de padeira ,enfrentando-os ali mesmo. Impulsionada pelo fervor nacionalista, liderou um grupo de mulheres em perseguição aos castelhanos fugitivos que se escondiam pela região.
Conta-se que Brites passou seus últimos dias em paz ao lado de seu marido lavrador. No entanto, a sua memória persiste como símbolo da independência e bravura do povo português. O nome da Padeira de Aljubarrota evoca a coragem individual e coletiva que moldou o destino de Portugal.