Foi na segunda-feira, 10 de março, que João Manzarra fez notar, nas redes sociais, que estava a colocar o seu carro à venda. O apresentador da SIC está a 'livrar-se' do seu Tesla "eticamente desconfortável" e deixou a promessa de que parte do valor de venda irá ser revertido a uma organização ambiental.

"Vendo o meu carro eticamente desconfortável com donativo de 10% do valor acordado para a Sunrise Movement, cujo trabalho me identifico", lê-se na partilha do comunicador.

Reprodução Instagram, DR
Reprodução Instagram, DR Fama Show

Mas João Manzarra não é o único famoso a participar nos boicotes contra a marca de Elon Musk. Apesar de em Portugal ter sido pioneiro, a iniciativa Tesla Takedown está a ter vários apoiantes bem conhecidos do público a nível mundial, segundo o Público.

De acordo com o jornal português, nos Estados Unidos da América, também a cantora Sheryl Crow decidiu avançar com a venda do seu Tesla como forma de protesto contra o atual responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental da presidência de Donald Trump, uma vez que se tem vindo a associar a movimentos extrema-direita na Europa.

Através do Instagram, a artista publicou um vídeo a despedir-se no veículo e informou que iria doar o dinheiro da venda à NPR, estação de rádio pública norte-americana que é um dos alvos do fundador da Tesla relativamente ao fim do financiamento público.

“Os meus pais sempre me disseram que somos as pessoas com quem nos damos. Há momentos em que temos de decidir de que lado estamos”, escreveu, na legenda, como se pode verificar abaixo.

Mas no mesmo país, há mais nomes sonantes a ter o mesmo tipo de atuação. Segundo o Business Insider, também o ator Jason Bateman e a empresária que apoia empresas fundadas por outras mulheres, Joanne Wilson, decidiram 'mandar fora' os carros Tesla.

"Com aquele carro, sinto-me como se estivesse a dirigir por aí com um adesivo do Trump, e por isso, desapareceu", terá dito a estrela de Hollywood, de acordo com a publicação, que citou o Smartless.

Já a investidora, tomou a decisão em conjunto com o seu marido, analista de risco, e escreveu sobre isso num blog. Wilson acusou o CEO da marca automóvel de "um completo desrespeito pelos seres humanos" depois da decisão de avançar com cortes no governo federal dos Estados Unidos da América "sem uma compreensão adequada de como o governo funciona".

A verdade é que este boicote tem vindo a mexer com as vendas da fabricante de carros elétricos. De tal forma que desde o início deste ano, 2025, as ações da Tesla em bolsa caíram em 45% - uma 'queda livre' que resulta da quebra de vendas da marca na China e na Europa(nomeadamente na Alemanha, onde Musk demonstrou apoio à AfD, partido de extrema-direita).