A Pipoca Mais Doce recordou a morte do irmão após a tragédia de Diogo Costa e André Silva. A influencer perdeu o irmãomais velho, Tiago, quando este tinha apenas 22 anos.

“Não era um daqueles jogadores de que me lembrasse com frequência, mas a tragédia é tão grande, tão insuportável, que é impossível não ficar assim, com este sentimento de injustiça, de choque, até de medo. Foi ele, podia ser qualquer um de nós que andamos na estrada, ninguém está livre. É tudo horrível. Dois irmãos super jovens, um pai de três filhos mínimos, ontem estava a partilhar vídeos felizes do casamento e hoje não sobra nada, só uma dor incalculável. Não consigo parar de pensar naqueles pais, naquela mulher, naquelas crianças, nos amigos, nos colegas… que encontrem forças para superar isto”, começou por escrever.

Na seguinte publicação, recordou uma frase de Marco Caneira: “Ele sabe do que fala, perdeu uma filha há alguns anos. Nunca tinha pensado nisto desta forma, “o melhor dos piores dias”, mas é isto. Quando se perde alguém, sobretudo desta forma, o choque funciona como uma espécie de anestesiante”.

“Depois vem o depois…”

E acrescentou: “Há a incredulidade, a negação, a dor também, claro, a espaços, mas é tudo tão inverosímil que não se consegue perceber, de imediato, a verdadeira dimensão da tragédia. E depois há as burocracias, a escolha de coisas que nunca pensámos ter de escolher, o conforto de muita gente à nossa volta, as conversas de circunstância, um corpo que dá uma falsa sensação de presença. Ainda está ali. De alguma forma, ainda está ali. E tudo isto distrai-nos, quase que parece que não é a nós que está a acontecer, somos só os espectadores do pesadelo de alguém.”

E rematou: “Mas depois vem o depois. A chegada a casa, o silêncio horrível, o olhar à nossa volta e sentir que, estando tudo no mesmo sítio, está tudo irreconhecível, o tentar pensar como será a vida dali a um ano, a dois, a vinte, quando não se consegue imaginar sequer como sobreviver aos próximos cinco minutos . A ausência insuportável, os ses, os porquês, a cabeça a dar voltas sem parar, o que é que podia ter sido diferente, o que é que podíamos ter feito de diferente. O dia de hoje é horrível, mas é o melhor dos piores.

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Redes Sociais

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