O mais recente episódio do podcast da Blitz, Posto Emissor, contou com a presença de Diogo Clemente. O ex-companheiro de Carolina Deslandes, conhecido pelo seu talento enquanto produtor, músico, escritor e compositor português falou sobre a sua carreira - que começou aos 16 anos - mas não só.

À conversa com Lia Pereira, Diogo Clemente lembrou a paixão que tem pelo futebol e como, nos tempos da sua juventude, o "jogava de manhã à noite". Ao fazê-lo revelou o motivo que o levou a deixar esse sonho de lado e surpreendeu.

"Estávamos na escola e tínhamos assim um grupo que jogávamos muito bem. Éramos uns quatro e fui sempre adiando ir para um clube, no caso para o Águias de Camarate [no município de Loures], que na altura até era um clube que começava a ter muita visibilidade enquanto escola", começou por dizer.

"Nesse ano, havia um jogador que todos os anos jogava lá, que era o Elmano, e era da minha turma, era meu amigo. Contando muito rapidamente, sei que nesse ano o Sporting [Clube de Portugal] ia fazer scouting lá e então dissemos: 'Então este ano vamos!'. E aceitámos ir e fomos fazer a pré-época com o Elmano", continuou.

Mas foi nesta altura que houve um ponto de viragem

Uma tragédia, que aconteceu após "uma confusão de bairros", levou Diogo Clemente a 'pendurar as botas' e deixar de jogar. "Três amigos meus, entre eles esse Elmano (que é o jogador mais impressionante que eu vi na minha vida, era um fenómeno, tinha o Porto, Sporting, Benfica e o Real Madrid atrás dele, mas era um caso assim um bocado peculiar), decidiram ir roubar pólvora a uma fábrica de pólvora para fazer umas bombas e rebentaram com o palhal", explicou.

"Então eu perdi esse meu amigo, que jogava a meu lado, e decidi imediatamente parar de jogar futebol. Até porque tinha 14 anos, tinha o pulso lesionado de um treino, e percebi que não podia tocar, então a partir do momento em que percebi o que era não conseguir tocar, tive de largar o futebol também. Tudo me dizia larga o futebol agora. Foi assim uma dor estranha, foi muito difícil largar o futebol, mas também foi muito difícil perder um amigo. Foi assim uma coisa muito prematura", recordou o músico.