Aos 59 anos, Alexandra Lencastre é uma das protagonistas de A Protegida e dá vida a Laura Vilalobos. “A autora dizia-nos, no princípio, que estávamos a falar de pessoas normais, sem grandes explosões, mas que era tudo em ácidos. Não percebíamos muito bem o que era isso de tudo em ácidos. Achávamos que estaria relacionado com a representação, mas depois os diretores de atores e realizadores pediam-nos muita contenção”, começa por revelar.

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“Com a minha idade é impossível não haver zonas em que a pele não fique mais flácida…”

“Parece que é tudo muito calmo e depois não é. Uma personagem parece que não parte um prato e depois… Nem digo que seja uma caixinha de surpresas, digo que é a vida. Há luta pelo poder dentro das famílias, entre pessoas que se amam. Parece que é só amor, mas, por baixo dessa camada maravilhosa, temos todos esses ácidos que a autora falou”, acrescenta, não escondendo que “tem sido cansativo. Estas cenas parece que não são nada intensas e, depois, temos de dar muito de nós”.

No início de janeiro, Alexandra Lencastre surpreendeu ao revelar que já tinha perdido 12 quilos, após ter aumentado bastante de peso desde a entrada na menopausa. Um mês depois, a atriz faz o ponto da situação. “Desde janeiro perdi mais quatro ou cinco quilos. Acho que já cheguei a um valor razoável. Já não pode ser mais. Ainda não me sinto em bom, porque preciso de fazer muito exercício e levar umas massagens. E, depois, há partes do corpo, por exemplo a pele da cara, com a minha idade é impossível não haver zonas em que a pele não fique mais flácida. Terei de fazer um minilifting, não será total. No rosto e no pescoço”, explica. Contudo, não poderá ser já. “Só o posso fazer quando as gravações da novela terminarem, porque são cerca de três semanas de recuperação”, adianta.

Nesta fase intensa de filmagens, a atriz tem os pais a viver consigo e tem de organizar muito bem os seus horários. “Não prescindo de trabalhar, nem da minha família. É bom sentir que ainda consigo. E vou continuar assim e a lutar para estarmos todos bem”, afiança. Apesar das dificuldades, Alexandra Lencastre não desanima. “Vamos sempre descobrindo novas formas de estimular. Como numa criança, nós vemos crescer e começar a aprender a falar, aqui estamos a ver uma pessoa que está a desaprender tudo, está a esquecer tudo. Pelo facto de ter a minha mãe ao pé de mim, sinto-me privilegiada de poder dar-lhe beijinhos, de poder pôr-lhe batom, pôr-lhe brincos e vesti-la com roupas cor-de-rosa. E ela também fica toda contente. Depois passa pelos espelhos e pergunta: ‘Quem é aquela velha?’ Que é ela, mas ela não se reconhece. A minha mãe é muito doce e muito querida. E é uma doente muito fácil”, confessa, de forma ternurenta. Já o pai “é mais difícil”, conclui.

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Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: Impala