O mundo do entretenimento reagiu com desagrado à nova política anti-LGBTQ+ de Donald Trump, que determina que o governo que agora tomou posse nos Estados Unidos reconhece “apenas dois géneros: masculino e feminino”.

Uma das vozes que se insurgiram contra esta medida foi a de Ariana Grande, que partilhou várias stories no Instagram onde salienta a luta da comunidade LGBTQ+ contra Trump e seus apoiantes, ainda durante a campanha presidencial.

“Sejamos muito claros: as pessoas queer e as pessoas transgénero já cá estavam antes de Donald Trump, e continuarão a existir depois da morte dele. Quer vocês queiram que existamos ou não é secundário, pelo simples facto de que existimos”, escreveu, citada pelo “NME”. “O sol está-se nas tintas para a tua ordem executiva que determina que não pode nascer todos os dias. Continuará a fazê-lo”.

Aurora, cantora e compositora norueguesa que recentemente assumiu a sua bissexualidade (regressará a Portugal a 9 de maio, para um concerto no Campo Pequeno, em Lisboa), também se insurgiu contra a medida. “Entristece-me ver que os meus amigos, colegas e membros da comunidade transgénero nos Estados Unidos foram desprezados pelo seu próprio governo”, disse em stories do Instagram citadas pelo “NME”.

“O direito a ser visto e ouvido é muito importante. O direito a sermos quem somos é vital. O meu coração está convosco e preocupa-me a direção que o mundo está a tomar. O medo do desconhecido e o medo do que é diferente não é algo com o qual se nasce, é adquirido”.

Já os Garbage partilham das palavras de Ariana Grande: “as pessoas queer, transgénero e não-binárias têm existido desde o início dos tempos, e continuarão a existir”. “Vocês pertencem a este mundo como qualquer outra pessoa. Só alguém com falta de educação ou uma pessoa desnecessariamente cruel pensaria o oposto”, acrescentam.

Segundo o “NME”, o rapper Lil Tay, por seu turno, foi uma das vozes a apontar que Trump se referiu a “géneros” quando quereria, na verdade, dizer “sexos”. O governo norte-americano clarificou, mais tarde, que só reconheceria dois sexos - masculino e feminino - e determinou que estes não poderiam ser alterados, instando todos os funcionários públicos a usar o termo “sexo” e não “género”. “Sexo” e “género”, não são sinónimos: “sexo” refere-se às características biológicas de um ser humano, ao passo que “género” se refere às características que são socialmente construídas.

Esta nova lei impede pessoas transgénero de utilizarem os pronomes com que mais se identificam nos seus locais de trabalho, e retira financiamento federal a várias iniciativas pró-diversidade e inclusão.

Compre aqui a revista especial BLITZ 40 anos, uma edição histórica em formato ‘bookazine’ (132 páginas, papel melhorado) que coloca em destaque os 40 melhores discos da música portuguesa desde a fundação da marca BLITZ.