
Johnny Depp falou pela primeira vez sobre o processo judicial que o opôs à sua ex-mulher, a também atriz Amber Heard.
Em 2022, Depp venceu, em tribunal, o processo de difamação que moveu contra Heard, após esta ter afirmado, num editorial para o “Washington Post”, que o ator foi abusivo durante a sua relação. As acusações de Amber Heard levaram Johnny Depp a perder vários papéis incrivelmente lucrativos, incluindo na saga “Monstros Fantásticos”, prequela de “Harry Potter”. Nestes últimos anos, Depp tem sobretudo colaborado com cineastas europeus.
Em entrevista ao “The Times”, Depp afirmou “não lamentar” a forma como o processo foi conduzido. O júri determinou que tanto Depp como Heard se difamaram mutuamente, com ambos os atores a serem condenados ao pagamento de indemnizações. Depp alega, também, ter servido como “cobaia” para o movimento #MeToo: “Foi antes do Harvey Weinstein. Absorvi tudo, vi quem é que, da indústria, jogava pelo seguro. Mais vale ser woke”, disse.
O ator lamentou ainda ter sido ostracizado pelos seus pares: “Houve três pessoas que me trataram mal. Pessoas que estiveram nas festas de aniversário dos meus filhos”, disse. “Percebo que não me tenham defendido: o mais assustador que poderiam fazer era a escolha certa”. “Se não tivesse mostrado a verdade, era como se tivesse realmente cometido os crimes de que fui acusado”, continuou, sobre o carácter público do julgamento. “Os meus filhos teriam de viver com isso. Os filhos deles teriam que viver com isso. As crianças que conheci em hospitais… Antes do julgamento, não me senti nervoso. Não tive de decorar nada, só de dizer a verdade”. “Se tivesse [perdido o processo e] acabado a trabalhar numa bomba de combustível… Não haveria problema. Já fiz isso antes”, rematou.