
"Este memorando tem como propósito o financiamento da cultura, arte, indústrias criativas e desporto e, de forma direta e mais imediata, a construção da Casa-Museu Cesária Évora, no Mindelo, São Vicente", lê-se em comunicado.
Ao mesmo tempo, está prevista a realização de um "estudo de impacto económico da cultura e a construção do pré-conservatório de música para jovens a nível da região oeste africana".
Dois ministérios (cultura e finanças) assinaram o memorando com a associação de Desenvolvimento Internacional (IDA, sigla inglesa) e a Sociedade Financeira Internacional (IFC, sigla inglesa), durante a Semana de Cabo Verde no Banco Mundial, que decorreu em Washington, na última semana, em comemoração dos 50 anos da independência do arquipélago.
Em dezembro, o ministro da Cultura havia referido à Lusa que o Governo cabo-verdiano estava a preparar um protocolo com família de Cesária Évora para a criação de um espaço diferente dos atuais núcleos museológicos.
"É um processo que não vai ser fácil, porque exige mobilização de meios, mas há vontade total do Governo em materializar este processo", disse, na altura.
A ideia não é nova, "já teve avanços e recuos", reconheceu o ministro -- que assumiu a pasta em 2024 --, "mas com diálogo" será possível avançar.
"Achamos que será um centro importante para promoção da morna", disse.
Depois de aquele estilo musical ter recebido o estatuto de património da humanidade, a medida será uma das que pretende relançar as ações de valorização do género identitário de Cabo Verde, durante o ano de 2025.
A abertura de um museu dedicado a 'Cize', na cidade do Mindelo, está por concretizar desde o falecimento da 'diva dos pés descalços', em 17 de dezembro de 2011, aos 70 anos.
Quem visita São Vicente pode ficar a conhecer um pouco mais da cantora em espaços museológicos que as autoridades têm reconhecido ficar aquém da relevância de Cesária Évora na história de Cabo Verde.