A Volkswagen entregou cerca de 4,8 milhões de veículos a clientes em todo o mundo no ano passado, menos 1,4% a menos do que no ano anterior. A marca germânica assinala ainda que em no ano passado 383.100 dos carros vendidos a nível global eram elétricos.

Aliás, a Volkswagen destaca, em comunicado emitido esta quinta-feira, que desde o lançamento da família ID. em 2019 [designação adotada pela marca para os seus modelos 100% elétricos], vendeu mais de 1,35 milhões de unidades do segmento em todo o mundo, incluindo cerca de 500.000 unidades do ID.3, que é o seu modelo elétrico mais conhecido e mais difundido em vários mercados.

Martin Sander, membro do conselho de administração da Volkswagen para Vendas, Marketing e Pós-Venda, reconheceu, no mesmo comunicado que “a nível global, 2024 foi um ano difícil, com uma atividade económica fraca, desafios políticos e uma concorrência intensa – particularmente na China”.

De acordo com a Autoridade Federal de Transportes Motorizados da Alemanha (KBA), a Volkswagen manteve-se como líder clara de mercado na Alemanha, com uma quota de mercado de 19,1%.

Modelo produzido em Palmela entre os mais populares

Segundo a mesma entidade, citada pela marca germânica, entre os dez modelos mais populares, cinco são da Volkswagen: Golf, T-Roc (produzido em Portugal), Tiguan, Passat e Polo.

A Volkswagen também liderou o mercado alemão no segmento de veículos elétricos, com 16,3% das novas matrículas – um aumento de 2,8 pontos percentuais em relação a 2023.

Em Portugal a Marca consolidou o top 6 no mercado de ligeiros de passageiros, com uma quota de mercado de 5,6 %. “Foi um ano muito importante com sete lançamentos que prepararam e fortaleceram” a marca, refere ainda a Volkswagen na sua nota de imprensa.

A marca germânica, que é também a segunda à escala global, enfrenta dias difíceis no país de origem, a Alemanha, onde a administração chegou a ameaçar fechar três fábricas, para além de cortes salariais de 10% para milhares de trabalhadores. Entretanto, e depois de semanas de intensas negociações com os sindicatos, a administração da empresa, liderda por Oliver Blume, já aceitou fechar apenas, por enquanto, duas unidades industriais em solo alemão, algo nunca visto desde a criação da marca.