O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, avisou recentemente, que a reestruturação em curso da Linhas Aéreas de Moçambique LAM vai continuar em várias outras empresas do sector público, que não estão a produzir receitas para o Estado.

“O processo ainda continua em curso ao nível da LAM (…), o que está desenhado é que nós precisamos realmente, e este processo está em curso, de fazer as aquisições [aviões] para a LAM e realmente começarmos a construir uma empresa robusta que possa gerar lucros e gerar dividendos (…). Agora, queria deixar claro que não é um trabalho que vai terminar na LAM”, declarou o chefe de Estado moçambicano.

Numa entrevista colectiva, em Maputo, o Presidente moçambicano avançou que um programa para a sua revitalização, que já levou ao afastamento da administração anterior da transportadora e a nomeação de uma comissão de gestão, além da instauração de uma auditoria forense às contas da LAM dos últimos dez anos, para investigar supostos esquemas de corrupção dentro da empresa.

Para o chefe de Estado, as instituições públicas têm de permanecer fortes e gerar lucros, tendo que, para tal, “combater” a corrupção, um mal que “afecta e infecta” a sociedade. “É uma das barreiras para o desenvolvimento”.

“Este é um trabalho que vai prosseguir em muitas outras empresas públicas que, neste momento, não estão a gerar receita pura e simplesmente por causa das mesmas situações que nos encontramos na LAM. Então, precisamos de continuar a varrer, em todos os sentidos, a reestruturar as empresas para que elas realmente possam gerar lucros”, garantiu.

Segundo a Lusa, há vários anos que a companhia aérea LAM enfrenta problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à deficiente manutenção das aeronaves.