O presidente do conselho de administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Claúdio Pinheiro, esclareceu, em Luanda, que o Estado angolano injectou um total 748 mil milhões de kwanzas em sucessivas tranches até 2022, no quadro do processo de capitalização.

Falando durante o 1.° Encontro Nacional dos Conselhos de Administração das Empresas Públicas (ENCA), realizado recentemente na Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP), Claúdio Pinheiro disse que “foi este o valor capitalizado e não outros números como temos ouvido falar”.

“Encerramos cerca de 139 unidades de negócios, das 145 previstas. Estamos a falar de agências, centros de empresas e postos de atendimento Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão (SIAC), mormente”, elencou.

De acordo com Claúdio Pinheiro, que apresentava programas, Projectos, balanço patrimonial, resultados, assim como desafios e perspectivas, o banco continua a operar com 268 unidades de negócios.

“Portanto, ainda assim, manteve-se presente onde saiu por balcões móveis e balcões itinerantes. Com este encerramento, o Banco de Poupança e Crédito mentem-se praticamente no top 3 dos bancos com a mesma capacidade ou rede comercial, estando presente Cazombo a Cabinda”, sustentou.

O presidente do conselho de administração disse ainda que a instituição bancária teve uma redução na força de trabalho pouco mais de 1450 e não de 2 mil trabalhadores.

“Destes, 480 despedimentos colectivos, 700 saíram por via de despedimento disciplinar, conduta, outros relativamente à temas como reforma, reforma antecipada, rescisão por mútuo acordo e alguns de outros derivados que levaram o remanescente”, detalhou.

O banco, precisou o responsável, continua com um total de 3441 postos de trabalho ao fecho do ano de 2024, um número que considera substancialmente significativo.

“Isto quer dizer que temos mais de 1200 média em relação a qualquer outro banco que opera no país”, garantiu.

Em relação à optimização da qualidade da estrutura orgânica, o PCA recorda que encontrou uma estrutura obesa e burocrática e que precisavam torná-la ágil, flexível, focada, eficiente e eficaz.

“Aí reduzimos de 35 para 25 unidades de estrutura. Fizemos também a redução de colaboradores com funções de liderança e chefia próximo de 158 e ficamos com cerca de 60 deste quadro”, informou.

Programa de Alienação de Activos Imobiliários

O portfólio de activos imobiliários, aponta o relatório da instituição, é constituído por 480 imóveis a nível nacional, dos quais 66% em zonas urbanas e 34% em zonas rurais. Cerca de 80% dos imóveis estão concentrados nas províncias de Luanda, Bengo, Huíla e Benguela.

Deste universo, 239 são imóveis de uso não próprio (não core), enquadráveis no Programa de Alienação aprovado em 2020 com valor estimado de receitas em torno de 50 mil milhões de kwanzas.

Este ano, conforme o presidente do conselho de administração, o BPC prevê efectuar o balanço do processo de venda, a conclusão do processo de inventariação e reavaliação ainda em curso bem como o registo predial dos imóveis de uso próprio e indispensáveis à prossecução do objecto social.