Questionada sobre se o Governo iria baixar ou a taxa de carbono ou o imposto sobre combustíveis, Maria da Graça Carvalho respondeu que o Governo está a acompanhar a situação (da guerra que envolve Israel e o Irão e também os Estados Unidos), e que vai "tomar as decisões quando forem necessárias".

Os preços do petróleo estão instáveis devido à guerra, com o Irão a ameaçar encerrar o estreito de Ormuz em retaliação aos ataques norte-americanos ao programa nuclear iraniano. O estreito é uma rota marítima vital para o transporte de petróleo e gás.

"O que gostava de dizer é que temos, felizmente, uma diversidade muito grande de fontes de energia. Mais de 80% da nossa eletricidade é de origem renovável e a nossa importação de petróleo é essencialmente do Brasil, mais de 40%, seguido da Argélia. A nossa importação de gás também não depende desta zona de conflito, é primeiro da Nigéria e depois dos Estados Unidos", disse a ministra, acrescentando que a questão do estreito de Ormuz não afeta diretamente Portugal.

"Claro que se há um problema com o estreito de Ormuz afeta todo o mercado global e vamos seguir isso de forma cuidadosa", disse Maria da Graça Carvalho, lembrando que há mecanismos na fixação do preço da eletricidade que permitem, em casos de subida dos preços, os governos dos Estados membros da União Europeia atuarem sem esperar autorização.

 Portugal, destacou também, tem reservas estratégicas para três meses, e está já há algum tempo a trabalhar para as aumentar.

Além do acompanhamento da situação por todo o Governo especificamente no Ministério do Ambiente e Energia foi criado um gabinete para acompanhar a situação energética e identificação de medidas de mitigação de impactos.

Participam, além da ministra e do secretário de Estado da Energia, a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), e a REN - Redes Energéticas Nacionais, entre outras entidades.

FP // RBF

Lusa/fim