
Apesar da chuva que caiu durante a manhã, uma hora antes das portas abrirem, já uma multidão fazia fila para entrar no recinto, localizado em Yumeshima, ilha artificial erguida na baía de Osaka, observou a agência de notícias espanhola Efe.
Equipado com guarda-chuvas e gabardinas, o público começou a entrar a partir das 09:00 (01:00 em Lisboa), após a cerimónia de abertura.
A Expo, que decorre até 13 de outubro, tem como tema "Desenhar as Sociedades do Futuro para as Nossas Vidas" e deverá atrair cerca de 28 milhões de visitantes, dos quais 3,5 milhões são estrangeiros, de acordo com a organização.
Estudos estimam que o impacto económico da exposição mundial alcance entre dois e 2,9 biliões de ienes (cerca de 12,27 a 17,6 mil milhões de euros). Trata-se de uma importante injeção de dinheiro para a quarta maior economia do mundo, que se debate com a diminuição do consumo interno devido à aceleração da inflação, além do impacto que se teme da guerra comercial tarifária iniciada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O evento, ainda de acordo com a Efe, gerou até agora um interesse modesto entre a população japonesa, depois de uma série de notícias negativas, como os elevados custos ou atrasos na construção de alguns pavilhões nacionais.
A participação portuguesa na exposição tem como tema "Oceano: Diálogo Azul" e conta com o envolvimento de mais de 150 empresas, associações, autarquias e artistas nacionais.
O Pavilhão de Portugal foi projetado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, vencedor do concurso internacional para o efeito, o que levantou alguma polémica, nomeadamente com críticas da Ordem dos Arquitetos, por não ter sido um português.
A mascote oficial de Portugal na exposição vai chamar-se Umi -- que significa oceano em japonês --, um cavalo marinho que, segundo disse em janeiro o primeiro-ministro, Luís Montenegro, é "uma bela escolha para assinalar o elemento que ligou Portugal e o Japão há mais ou menos 500 anos".
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) afirmou, na semana passada, que "há um mar de oportunidades" que Portugal e o Japão podem desenvolver em conjunto, no âmbito da Expo Osaka.
"Portugal, obviamente, faz um grande investimento na exposição de Osaka e, para além de divulgar a cultura e a tradição portuguesa, o objetivo é também colher os resultados económicos que esta exposição pode produzir para Portugal", referiu Ricardo Arroja, que falava aos jornalistas no final do encontro sobre a participação de Portugal na Expo 2025 Osaka, que decorreu na sede da entidade.
A comissária-geral de Portugal na Expo2025 Osaka declarou em janeiro que o investimento global da operação "é de 21 milhões de euros" e que tem a expectativa de atingir ou superar os 1,4 milhões visitantes do pavilhão português.
"Há metas para aquilo que pretendemos ter no Japão. Por exemplo, nós temos a expectativa de ter ou de superar 1,4 milhões visitantes no nosso pavilhão", afirmou Joana Gomes Cardoso.
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