A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu não se opor à compra da Padaria Portuguesa pelo grupo Rodilla, da empresa espanhola Damm, um negócio que foi conhecido no início de maio.

"Em 25 de junho de 2025, o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência [...] adota uma decisão de não oposição à operação notificada [...], uma vez que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste", lê-se numa informação publicada hoje no 'site' do regulador.

De acordo com a AdC, a Damm, empresa espanhola do setor alimentar que atua a nível mundial na produção, promoção e comercialização de um leque de bebidas, nomeadamente cervejas, produtos lácteos e à base de chocolate, café e água engarrafada, pretende adquirir 100% da empresa portuguesa.

Presente em Portugal, a Damm distribui as suas marcas de cerveja e a bebida láctea Cacaolat e produz e fabrica a cerveja Estrella Damm, cervejas de marca própria e bebidas não alcoólicas (soft drinks). Integra o grupo DISA, que, em Portugal, nomeadamente, detém a Prio e a marca Shell, esta última em regime de 'franchising', e desenvolve a atividade de comercialização grossista de combustíveis e de produção de biocombustíveis.

Padaria Portuguesa tem 84 lojas e emprega 1.000 pessoas

Por seu lado, a cadeia de padarias e pastelarias A Padaria Portuguesa foi fundada há 15 anos por Nuno Carvalho e, atualmente, emprega cerca de 1.000 trabalhadores e conta com 84 lojas na Grande Lisboa e no Grande Porto e duas fábricas, em Lisboa e no Porto.

Aquando do anúncio do negócio, a comunicação referia que a compra era feita pelo grupo de restauração espanhol Rodilla, tendo entretanto a notificação do negócio partido da Damm, que detém 100% daquele, continuando por revelar o valor da aquisição.

Criado em 1939 em Madrid, o grupo Rodilla detém as marcas Rodilla, Hamburguesa Nostra, Vaca Nostra, Café de Indias e Jamaica.