De acordo com o Relatório de Política Monetária trimestral divulgado hoje pelo órgão emissor brasileiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, com destaque do setor agropecuário, mas "espera-se que a economia desacelere no restante do ano" e "indicadores de atividade económica para abril e maio corroboram essa perspetiva".

A nova projeção está em linha com a de economistas do mercado financeiro, que preveem um crescimento de 2,21% do Brasil este ano e é menos otimista do que a previsão do Governo, que estima um crescimento de 2,4%.

No documentou do Banco Central apontou-se que a inflação acumulada em 12 meses no país sul-americano aumentou 5,1% em fevereiro para 5,3% em maio.

A análise reforçou também que as projeções dos analistas económicos para a inflação em 2025 recuaram, mas não houve melhoria das expetativas para os anos seguintes que se mantêm distantes da meta de inflação de 3%.

O relatório previu que o Brasil encerrará 2025 com uma inflação anual de 4,9%, acima do teto da meta do órgão para este ano (4,6%).

"Expetativas de inflação desancoradas por mais tempo, inflação de serviços mais resiliente em função da atividade económica aquecida e políticas económicas, externas ou internas, com impacto inflacionário, podem dificultar o controlo da inflação", destacou o órgão emissor.

Segundo o mesmo documento, a inflação no Brasil só começará a ceder em 2026, quando atingirá 3,6%, e cairá para 3,2% em 2027. 

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