A edição 2025 de Wimbledon já começou e, este ano, pela primeira vez desde a criação do torneio em 1877, não haverá juízes de linha nos courts do All England Club. Assim, termina uma tradição de 148 anos, e em vez de juízes, a tarefa será executada por inteligência artificial, ou «olho eletrónico» (ELC).

Essa tecnologia tem servido como auxílio aos jogadores para verificação de pontos controversos desde 2007 e agora assume o controlo total. O All England Club, anfitrião da prova do Grand Slam, afirmou que esta decisão foi tomada após cuidadosos testes e análises, e que a nova tecnologia garante máxima precisão e justiça. «Consideramos que é o momento certo para dar este passo. A tecnologia provou a sua precisão e as condições para os jogadores serão as mesmas que em muitos outros torneios», declarou Sally Bolton, diretora executiva da prova.

A medida foi tudo menos consensual. Aryna Sabalenka, n.º1 do Mundo, foi uma das que se manifestou contra a ideia. «Sempre vi Wimbledon com juizes de linha, é algo histórico. Então não sei, acho que preferia assim», afirmou a bielorrussa. Dois fãs protestaram vestidos como os árbitros, com cartazes a criticar o uso de Inteligência Artificial.

No primeiro dia do torneio, entra em campo Nuno Borges, frente ao argentino Francisco Cerundolo, n.º 16 do ranking mundial.