Terminada a participação do Benfica no Mundial de Clubes, com a derrota (1-4) frente ao Chelsea no prolongamentos dos oitavos-de-final, os sócios aguardam agora com expetativa pela decisão de Rui Costa sobre o seu posicionamento nas eleições de outubro. Já nos Estados Unidos, o presidente remeteu para depois dessa competição e antes do início da próxima época o anúncio se vai ou não recandidatar-se, pelo que nos próximos dias deve esclarecer o assunto.

"Tenho sido coerente, só no fim da época digo se irei ou não candidatar-me. Tenho uma época para terminar e outra para preparar, assumi na Assembleia Geral perante os sócios que antes de começar a próxima anunciarei a minha decisão. Não estou aqui com joguinhos ou rodriguinhos, é uma forma de estar na vida. O meu foco é acabar a época da melhor maneira", afirmou Rui Costa aos jornalistas à margem da inauguração da Benfica Residential Academy, em Tampa, no passado dia 13.

Quanto ao timing do anúncio, Rui Costa esclareceu que "não está dependente de nada". "Depois de começar a época o Benfica tem a Supertaça, uma pré-eliminatória da Champions e várias jornadas até às eleições. Se quisesse fazer malabarismo esperava por esse momento", explicou o presidente nos Estados Unidos.

O tabu tem sido mantido também internamente, ou seja, Rui Costa não abre o jogo aos seus pares. No entanto, tem deixado sinais que apontam para a possibilidade de se apresentar novamente a votos, assim entendem círculos próximos do líder dos encarnados contactados pelo nosso jornal. Não obstante o esmagador chumbo do orçamento na AG de 7 de junho, com 73,8% dos votos contra dos mais de 1.000 sócios presentes, e as fortes críticas e pedidos de demissão de que foi alvo, o presidente manteve-se firme e reiterou que tem "legitimidade" para cumprir o mandato até final, estando as eleições já marcadas para 25 de outubro.

Vencedor das eleições mais participadas de sempre (mais de 40 mil expressaram a sua vontade nas urnas), com mais de 84 por cento dos votos, Rui Costa tem sido contestado pelos curtos resultados desportivos apresentados, principalmente no futebol, face ao alto investimento e pelo apoio à candidatura de Pedro Proença à liderança da FPF, entre outros pontos.

Não obstante as críticas, Rui Costa tem feito declarações e tomado decisões que deixam perceber que pode avançar, numa altura em que já existem quatro candidatos anunciados: João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes, Cristóvão Carvalho e Martim Mayer. Desde logo, comprometeu-se com a continuidade de Bruno Lage logo após o fim do campeonato, que escapou para o Sporting. Isto quando ainda faltava disputar a final da Taça de Portugal, que ditou novo desaire com os leões, deixando claro que o treinador iria iniciar a temporada 2025/26.