Cerca de meia centena de sócios do Nacional marcaram presença numa Assembleia Geral que decorreu hoje no Estádio da Madeira, ficando a saber que, até 30 de abril, o Grupo Asiático ACAFP, uma empresa de Singapura, terá de pagar 50 por cento do negócio da venda de 60 por cento da SAD alvinegra, no valor de 6,5 milhões de euros. A  segunda tranche, no mesmo valor, terá de ser liquidada até 31 de agosto. O acordo para a venda da SAD nacionalista é dado como consumado quando a transferência da verba em causa for concretizada. A SAD nacionalista vai pagar uma renda mensal de 25 mil euros pela utilização das instalações do clube. Na reunião de hoje, nenhum sócio manifestou vontade de exercer direito de preferência, abrindo assim caminho ao investidor.

Mais 10% em 2027

O presidente Rui Alves mostrou-se conformado com a venda da sociedade desportiva alvinegra. "O resultado da AG é um formalismo legal. Obviamente que ficaria muito mais satisfeito se um dos sócios do CD Nacional exercesse o direito de preferência, pois sentia-me mais confortável, pois é sempre melhor trabalhar com quem já se conhece há muito tempo e seria gratificante", disse após a reunião magna, confirmando ainda que "está previsto no acordo que, em janeiro de 2027, possa haver a venda de mais 10 por cento do capital social por mais 2 milhões e 100 mil euros".

Inquirido sobre se a entrada do investidor pode colocar em causa o financiamento do Governo Regional, o líder dos madeirenses foi direto: "Tivemos a SAD do União da Madeira perto de 20 anos, com o capital social maioritariamente privado e nunca nenhum jornalista colocou essa questão em relação ao governo. Os motivos da relação com o governo não são de natureza do capital social, mas da atividade que desenvolve. Uma coisa não se mistura com a outra ", referiu.