
TRUBIN (6) — Nada poderia fazer perante o desvio de Merentiel para o 1-0, precisamente na primeira vez que os argentinos pisaram a sua área. Menos ainda no segundo remate certeiro xeneize, de cabeça, por Battaglia. Teve ainda uma saída certeira a um cruzamento e nada mais.
DAHL (4) — Lateral de pé trocado, não conseguiu contribuir para a profundidade sobre a direita e foi depois exposto nos dois golos argentinos, em duelos aéreos. Lage ganhou pouco com a aposta, ao contrário do que tinha acontecido com o sueco como médio interior em certos momentos da época passada. Saiu ao intervalo.
ANTÓNIO SILVA (6) — Corte importante aos 27 minutos, quando os encarnados pareciam afundar-se. Tentou jogar na antecipação, ganhando alguns lances e perdendo outros, e também ligar com o ataque através do passe, nem sempre da melhor forma. Ainda assim, evitou os erros graves.
OTAMENDI (7) — As responsabilidades do primeiro golo serão certamente divididas também por Dahl e Florentino, mas é o capitão quem se distrai no momento de ser o bombeiro de serviço, permitindo que Merentiel se antecipasse e finalizasse. Impositivo, quis igualar a energia colocada em campo pelos compatriotas, e acabou por conquistar o penálti que alavancou a recuperação das águias, confirmada por si próprio, de cabeça, já com a equipa reduzida a dez. Intermitente, mas em crescendo.
AURSNES (4) — Defensivamente, deixou-se bater nas costas por Battaglia, no 2-0. Depois, não lhe foi fácil segurar a bola, com o ataque em matilha ao portador levado a cabo pelos argentinos. Tentou alguns movimentos nos meios-espaços, entre central e lateral, todavia não conseguiu criar problemas. Não fazendo uma exibição fulgurante, tentou ser um facilitador. Na segunda parte, passou a ser o lateral direito. Já devia ter saudades. Contudo, não acertou tecnicamente no cruzamento quando poderia ter sido muito importante.
FLORENTINO (4) — Muito ativo nos primeiros 5, 10 minutos, quando a pressão alta incomodou e muito a saída do Boca de perto de Marchesín, mas demasiado macio na abordagem a Lautaro Blanco no primeiro golo. Sentiu o momento e teve muitos problemas para se recompor, sobretudo, porque as águias não voltaram a acertar na pressão de uma forma coletiva. Ainda assim, tirou o vermelho a Figal nos instantes finais.
RENATO SANCHES (6) — Falta-lhe a explosão de 2016, que o teria protegido de alguns duelos físicos, porém cresceu desde então na qualidade de passe, que colocou em campo em vários momentos, com ou outro erro na tentativa de verticalizar o jogo. Aos 5 minutos, acertou mal na bola na primeira jogada perigosa do encontro, que poderia ter valido o 1-0. A melhor notícia terá sido, no entanto, ter feito os minutos que lhe pediram, sem lesões. Saiu os 61 minutos para entrar Kokçu.
DI MARÍA (6) — Muito vigiado. Também muitas vezes no chão, mais do que as em que realmente sofreu falta, e algumas bolas perdidas. Lançou Bruma no remate ao poste em que ficaram dúvidas se haveria mesmo fora de jogo, foi todo ele classe no penálti e apresentou-se para ser o farol do costume. Baixou no 2.º tempo.
PAVLIDIS (5) — Estava tão confiante que, na primeira vez em que a bola lhe chegou, tentou fintar três. Dispôs de uma grande oportunidade, aos 31 minutos, em que mais uma vez o árbitro assinalou fora de jogo no limite (estaria mesmo?), mas Marchesín saiu rápido e fez a mancha. Não teve mais chances para atirar à baliza.
BRUMA (4) — Acertou no poste aos 19 minutos, depois de tirar Advincula da frente, em jogada anulada por alegado offside. Foi-se esgotando e acabou por sair, aos 61, para dar lugar a Akturkoglu. Continua pouco ligado ao processo da equipa, apesar de nem ter começado mal a partida.
BELOTTI (1) — Entrada muito dura sobre Ayrton Costa, ao levar os pitons à nuca do central, ainda que com a bola por perto, resultou na sua expulsão, sancionada pelo VAR. Até aí nada acrescentou de relevante ao encontro. Pior o Benfica com dois avançados do que com um. Muito pior.
KOKÇU (6) — Belo pontapé de canto a dar o empate a Otamendi.
AKTURKOGLU (4) — Não conseguiu desequilibrar.
PRESTIANNI (5) — Nunca entra mal nas partidas. Há muito a justificar mais minutos e outros contextos.
BARREIRO (-) — Pouco tempo em campo.