
O Sporting constitui agora oficialmente a Sporting Entertainment, nova empresa do universo leonino para gerir o Estádio José Alvalade e o museu. Desta feita, a SAD do Sporting registou a marca da nova sociedade anónima constituída para assumir a gestão e exploração comercial do Estádio José Alvalade e todo o seu ecossistema.
Mais concretamente, a empresa, constituída a 17 de junho e registada na passada quarta-feira, foi criada com um capital social de 50 mil euros, apresentando ainda um montante de ativos avaliado em 146,97 milhões de euros.
De resto, a Sporting Entertainment terá como administradores Frederico Varandas, presidente e do clube e da SAD verde e branca, além de Francisco Salgado Zenha e André Bernardo, dois vice-presidentes da sociedade sportinguista.
O objetivo da nova empresa passará pela administração, gestão, exploração e promoção, comercial e económica, do Estádio José Alvalade, suas instalações, todos e quaisquer espaços, nomeadamente, zonas comerciais, de lazer, áreas VIP, o Museu Sporting, bem como de outros recintos que sejam utilizados pela sociedade, incluindo,todos os serviços, produtos e ofertas inerentes aos mesmos.
Desta forma, a intenção passa por transformar o Estádio José Alvalade numa máquina de entretenimento, como foi explicado publicamente em setembro do ano passado, sob o mote "Every day be better", por parte de André Bernardo, seguindo a lógica de renovação e desenvolvimento do complexo do recinto leonino.
Além disso, a criação da Sporting Entertainment permitirá a separação de duas áreas de negócio do grupo verde e branco. Nesse sentido, a SAD liderada por Frederico Varandas estará responsável exclusivamente pela gestão do futebol profissional, enquanto a Sporting Entertainment ficará com a pasta ligada à vertente comercial e de exploração do Estádio José Alvalade.
Recorde-se que, ainda a 29 de junho passado, à margem da Assembleia Geral do clube de Alvalade, o projeto de cisão-fusão foi um tema abordado na reunião magna e, nessa ocasião, fonte oficial dos sportinguistas explicou a Record que a "operação visa reforçar a área de negócio dedicada ao entretenimento, cujo investimento tem vindo a ser intensificado, como demonstram as recentes intervenções no Estádio José Alvalade".
"Nesse contexto, torna-se relevante reorganizar o grupo, de forma a melhor evidenciar e autonomizar o potencial dessa unidade de negócio. Importa referir que esta operação não altera a leitura nem a análise consolidada da Sporting SAD ou do Grupo Sporting, mas permite uma avaliação mais aprofundada e segmentada do negócio de entretenimento", reforçou, acrescentando que "não há qualquer impacto direto sobre a cotação das ações, nem sobre os direitos ou interesses dos atuais acionistas e credores" e que a estrutura acionista "não será alterada", negando assim qualquer possibilidade de redução do património das sociedades envolvidas.
Além disso, a fonte dos verdes e brancos apontou que, por ser uma "reestruturação interna de natureza societária sem qualquer impacto patrimonial direto para os sócios, acionistas ou credores", não seria necessária a "intervenção prévia dos sócios ou acionistas" sobre o assunto.