Nuno Borges fez este domingo, ao tornar-se no primeiro portuguê a virar de uma desvantagem de dois sets abaixo num torneio de Grand Slam, a caminho da segunda ronda de Roland Garros.

O maiato, nº41 do Mundo, resistiu a uma incrível batalha diante do qualifier francês Kyrian Jacquet, 151º ATP, impondo-se por 3-6, 6-7(3), 6-4, 6-3 e 6-3, num duelo de 3h37, que terminou já passavam 17 minutos da meia-noite em Paris. Borges já igualou a sua melhor prestação de sempre neste torneio (2023) e aguarda agora pelo vencedor do encontro entre o norueguês Casper Ruud (8º ATP e duas vezes finalista deste torneio) e o veterano espanhol Albert Ramos (fora do top 200) para saber quem defronta na segunda ronda (quarta-feira).

"Estou muito contente não só por ter vencido mas por mentalmente ter-me dado chances de ir buscar um encontro destes. Isso às vezes vale mais do que a vitória em si", confessou-nos Borges, antes de admitir as dificuldades. "Ele surpreendeu-me em muitas jogadas. Não joga nos padrões normais e faz coisas que na minha cabeça não fazem sentido. Esteve estado de graça, talvez embalado pelas vitórias no qualifying e pelo público."

A jornada viu ainda Jaime Faria, 115º ATP, cair na 1ª ronda. Sem ritmo e com vários problemas físicos que praticamente o impediram de competir nos últimos três meses, perdeu com o norte-americano Jenson Brooksby (105º), por 6-1, 3-6, 6-3 e 6-2. "Tenho 21 anos mas às vezes parece que tenho 50"