Durante o Mundial de Clubes o jornal A BOLA conta-lhe, diariamente, uma curiosidade relacionada com um dos clubes participantes na primeira edição desta nova versão da prova. 

O Mundial de Clubes da FIFA tem a particularidade de juntar os melhores de todas as realidades continentais. E se, por um lado, são gastos milhares de milhões de euros na Europa para conseguir alcançar os objetivos, na Oceânia... não é bem assim.

O Auckland City, vencedor de sete das últimas nove edições da Liga dos Campeões local, é um clube da Nova Zelândia e o único representante do continente — que não apura equipas da Austrália, que jogam na Confederação Asiática — no novo Mundial de Clubes. E tem um plantel avaliado em... menos de 5 milhões de euros.

Segundo a plataforma Transfermarkt, a equipa é aquela cujo valor de plantel é o mais baixo de todo o torneio. Na Nova Zelândia, o futebol não é o desporto-rei. Esse papel pertence ao râguebi e essa falta de atratividade, provocada e que provoca a falta de competitividade local e continental, não permite que os clubes amealhem fundos suficientes para contratar grandes estrelas... ou sequer para lhes pagar um salário normal.

Foi isso que contou Gerard Garriga, em entrevista a A BOLA no final do ano passado. O médio espanhol do Auckland City explicou que o trabalho dele não é jogar futebol. «O clube deu-me a oportunidade de trabalhar na academia», disse Garriga, que ainda adicionou que «alguns colegas trabalham em escritórios de serviços, outros trabalham para a Coca-Cola, outros em gestão, outros na construção.» «Também temos professores, alguns pintam casas. Alguns deles não estão sequer a trabalhar, porque estão a estudar e moram com os pais. É tudo tão diferente», concluiu.

Isto porque a liga da Nova Zelândia... nem é profissional. Nenhum clube do país é 100% profissionalizado e isso obriga a que os jogadores tenham de ter um emprego para lá do futebol. É mais um sinal da diversidade do Mundial de Clubes, que colocará esta equipa frente a Benfica, Boca Juniors e Bayern. É de longe o plantel menos valioso da prova, avaliado em menos de um terço do valor do plantel do Ulsan, da Coreia do Sul (€15 milhões). Mas nem por isso o Auckland City virará a cara ao desafio.

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