«Já se sabia que seria um jogo muito difícil contra uma super equipa», começou por dizer o capitão, Rui Silva. «Sabíamos que a Dinamarca queria impor um ritmo alto no jogo. Nós tentámos contrariar esses grandes pontos fortes deles e creio que acabámos por fazer uma boa primeira parte. Uma boa primeira parte onde se calhar a diferença está nas situações que falhámos aos seis metros. E a segunda acaba por ser difícil. O início foi duro para nós e depois eles não abrandam», constatou o central. «Não conseguimos acompanhar e agora é preparar o jogo de domingo», atirou.
Se à velocidade dinamarquesa, se aliarem os 46% de eficácia do guarda-redes Emil Nielsen é fácil perceber qual foi uma das chaves do triunfo expressivo dos campeões olímpicos. «Sim, já sabíamos. Falamos do melhor guarda-redes do mundo, um dos melhores do mundo. Sabíamos o quão bom ele é. Nós tentámos contrariar isso. Mas o tipo de defesa que a Dinamarca tem, com o Emil lá atrás a defender, cria muitas dificuldades, dá-lhes mais posses de bola, dá-lhes ainda mais possibilidade de correr e contra-atacar. E nisso eles são imbatíveis», assumiu o internacional que veste a camisola do FC Porto.
Agora pela frente Portugal terá a França, um velho inimigo, para o último confronto neste Mundial que vale a medalha de bronze. «É mais um jogo difícil. Estamos a falar da luta por um lugar no pódio. E isso é algo espetacular. Só nos podemos nos orgulhar de tudo o que fizemos até agora. E encarar mais esse jogo como uma partida para ganhar, da mesma forma que fizemos em relação a este. Este não correu tão bem, é verdade, mas eu acredito, e nós acreditamos todos, que podemos ser felizes mais uma vez. E é isso que vamos fazer no domingo. É tentar ser felizes mais uma vez. Portugal já foi várias vezes feliz contra a França», recordou Rui Silva.