Luís Freire estreou-se no comando técnico do Vitória de Guimarães, com um empate a duas bolas, em que a equipa deixou escapar uma vantagem de dois golos, conquistada nos primeiros 45 minutos. O treinador referiu alguns 'fantasmas' e não se alongou sobre os lances dos quais resultaram os golos arouquenses, nem sobre as potenciais saídas de Manu Silva e Kaio César.

- Demasiado frustrado ou sentiu que na parte final o jogo podia ter caído para qualquer um dos lados?

- Claro que estamos frustrados, ninguém está satisfeito. Fizemos uma boa primeira parte, fizemos dois golos e tivemos mais oportunidades. Queríamos entrar bem e assim fizemos, mesmo durante a semana os jogadores demonstraram que queriam fazer um grande jogo. Ao intervalo, o resultado é justo. Na segunda parte, perdemos a bola em zona perigosa e sofremos o golo e muda o jogo. Situações que já tinham acontecido e senti isso. Pouco discernimento, mais partido e emocionalmente menos controlado, podendo cair para qualquer um dos lados. Com o 2-1, estivemos mais precipitados a irmos para a frente e a deixarmos espaços atrás.

- Sofrer dois golos, quando estava confortável, sendo que há dúvidas em ambos quanto a legalidade dos lances. Como analisa?

- Não vi os lances, mas o que me disseram foi que há situações irregulares. Sendo verdade, são dois lances que nos prejudicam, mas temos de nos agarrar àquilo que controlamos. Temos de ser tranquilos e focados, tal como na primeira parte. As equipas podem sofrer golos e não podem ficar intranquilas ou precipitadas.

- Como vai tentar dar a volta a este flagelo de golos sofridos, quando a equipa está em vantagem?

- Tivemos mais dificuldades em controlar o jogo na segunda parte, com três jogadores com pouco ritmo: Zé Carlos, Borevkovic e Miguel Maga. Não só no controlo emocional, mas também a nível físico quebramos. Marco Cruz foi uma opção que trabalhámos nestes três dias, pois sabíamos que o Zé Carlos tinha poucos minutos.

- Manu Silva fora da ficha de jogo e notícias de que Kaio César também pode estar de saída, como vê esta janela de transferências?

- Sobre o mercado de transferências não me compete estar, agora, a falar, pois tenho de trabalhar e melhorar os jogadores que temos à disposição.

- Sente que o descontrolo emocional já está integrado na equipa. Viu isso durante a semana?

- A sequência de resultados também pesou um pouco e o golo sofrido acabou por alimentar isso. Mas, no jogo, durante a semana não se notou nada, com os jogadores a estarem muito focados no trabalho. Para fechar o espaço, não temos de ir ao encontro da bola. As substituições foi para dar algum critério no meio-campo e dar maior capacidade física para o transporte de bola. Ainda procurei reforçar a equipa no ataque, colocando o Nélson Oliveira ao lado do Dieu Michel. Foi sempre na tentativa de dar maior capacidade ofensiva e na procura de chegar ao golo.