Jack Miller terminou na décima quarta posição no Grande Prémio dos Países Baixos, numa corrida marcada pelas dificuldades em ultrapassar e pelos problemas técnicos da sua Yamaha da Prima Pramac. O piloto australiano explicou como ficou bloqueado atrás de Enea Bastianini durante grande parte da corrida, sendo incapaz de encontrar uma oportunidade para avançar posições.

‘Estava numa posição decente ali, a lutar, mas meio que fiquei preso atrás de Enea Bastianini. Não podes realmente fazer muito’, explicou Miller. O australiano revelou que permaneceu na mesma posição durante 18 ou 19 voltas, esperando que Fabio Quartararo conseguisse abrir caminho quando o ultrapassou. ‘Pensei: “Está bem. Vamos ver o que o Fabio consegue fazer agora”. Ele meio que veio com melhor velocidade, mas, sabes, ficas preso a andar ao mesmo ritmo que os tipos à tua volta’, acrescentou.

Miller tentou apenas uma ultrapassagem durante toda a corrida, sobre Raul Fernández, mas sem sucesso: ‘O único lugar onde passei foi o Raúl [Fernández], e tentei uma vez. Consegui um pouco de ar ali, mas depois ele apanhou-me na última curva, e devolvi a posição ao Raul também’. O piloto explicou que preparou a manobra através das curvas seis e sete, tentando manter o ímpeto, mas reconheceu que ‘tentar fazer uma manobra na travagem estava quase fora de questão’.

O australiano admitiu que a Yamaha sofreu problemas com o travão motor durante a corrida: ‘Sofremos um pouco com a traseira, digamos, travão motor, esta tarde. Acho que mudei o mapa do travão motor na volta três e depois fui para o mapa três na volta 10. Agora estava feito com as mudanças. Não havia nada que fosse menos’. Apesar das dificuldades, Miller mantém-se otimista: ‘Ganhámos algumas informações aqui. Temos alguns aspetos positivos da moto. Há alguns negativos em que precisamos trabalhar’.