— Que leitura faz do jogo e quais são as primeiras sensações suas e daquilo que tirou da equipa no seu primeiro jogo à frente da equipa?
— É importante dizer antes de mais que estou extremamente orgulhoso da minha equipa. Demonstrámos aquilo que fui pedindo durante a semana, que terá que ser o nosso ADN. Um ADN de muito respeito para aquilo que é o nosso jogo, para aquilo que é a nossa ideia que está a chegar. Não podemos esquecer que está a chegar, e depois coragem para colocar isso dentro do campo. Foi aquilo que vi; uma equipa que queria ligar o jogo, uma equipa que queria jogar e depois queria chegar e agredir o adversário, e conseguimos, com a primeira parte em que criámos. Tivemos mais posse de bola, acabámos por criar situações. Claro que sofremos, mas sabíamos que íamos sofrer aqui, sabíamos que íamos jogar contra uma grande equipa. sabíamos que eles iam estar com uma atitude tremenda. Aí foi um jogo dividido. Com pena não levámos os três pontos, eu acho que merecíamos levar os três pontos; os jogadores mereciam levar os três pontos por aquilo que trabalharam. Mas, acima de tudo, orgulhoso por eles quererem ir atrás daquilo que será o nosso ADN.
— Que ADN é esse? Que ADN é que quis passar à equipa? o tempo foi curto, mas que ADN é que quis passar à equipa?
— É um ADN de tremenda atitude, uma tremenda atitude defensiva e ofensiva, de um jogo que terá que ser muito mais intenso que aquilo que foi hoje, teremos que caminhar para esse caminho, mas que com a bola teremos que chegar muitas vezes à baliza adversária. No entanto, acho que é extremamente positivo uma equipa que faz três golos em Braga e tem mais oportunidades para fazer mais dois ou três. Não estivemos a jogar num estádio que normalmente é fácil. Basta olhar o historial do Famalicão, que nos últimos 22 jogos que teve com a equipa do Braga aqui terá perdido 16, não tenho a certeza dos números, mas sabemos que é difícil jogar aqui, com uma equipa com bons jogadores, com um bom treinador. Só uma equipa corajosa consegue dividir ou até mais ter posse de bola na primeira parte e criar situações para fazer golo, fazer três e ter mais duas ou três para o fazer.
— Como é que a equipa o acolheu ? Em que ponto é que sente esta equipa de Famalicão?
— Já o disse, eu fui recebido de uma forma muito harmoniosa. Senti isso da parte dos jogadores, todo o staff, dizer que o staff do clube, os jogadores e as pessoas que vieram comigo. Quisemos trabalhar muita coisa e às vezes é um risco trazer muitas coisas novas, mas sentimos um apoio tremendo e além disso sentimos não só um apoio tremendo das pessoas do clube, dos jogadores mas também dos adeptos, daqueles que encontrávamos na rua, daqueles que iam chegando através das redes sociais ou das mensagens e ainda hoje um tremendo apoio numa segunda-feira, um horário difícil para quem trabalha. E é assim que nós vamos, nós vamos com esse sentimento familiar e de alta união.
— Só para terminar, acredita que acabou por ter sorte do impacto que o resultado da última partida frente ao FC Porto deixou na equipa para trabalhar?
— Antes de mais, a vida é muito mais que um momento e o jogo passado com o Futebol Clube do Porto. A equipa vinha de um trajeto já seguido e tentámos meter o nosso cunho, as nossas ideias e este jogo é parte desse caminho, nós vamos continuar a desenvolver, será sempre um processo em contínuo desenvolvimento, há muito para fazer, estamos muito longe de onde queremos chegar.