Hakan Çalhanoglu foi colocado no centro das críticas por Lautaro Martínez e Giuseppe Marotta. Médio respondeu aos ataques após o Mundial de Clubes 2025.

Hakan Çalhanoglu foi visado pelo presidente do Inter Milão de forma direta e por Lautaro Martínez de forma indireta após a eliminação do Mundial de Clubes, embora não tenha somado qualquer minuto.

O médio turco garantiu que viajou para os EUA para apoiar a equipa, embora o tenha feito condicionado do ponto de vista físico e tenha sofrido uma nova lesão na prova. O jogador recusou as críticas e exigiu respeito numa longa mensagem que podes ler na íntegra em baixo.

Garantindo que «a história recorda sempre aqueles que se mantiveram firmes, não aqueles que gritaram mais alto», Hakan Çalhanoglu teceu juras de amor ao clube e recusou a ideia de traição. «Houve ofertas no passado», que o jogador recusou, alegou o médio.

Quanto às críticas de Lautaro Martínez, avançado do Inter, e Giuseppe Marotta, presidente do clube, que podes recordar AQUI, o médio exigiu respeito. «Sempre demonstrei respeito dentro e fora do campo e acredito que no futebol, tal como na vida, a verdadeira força reside no respeito, especialmente quando as emoções estão ao rubro», vincou o jogador.

Hakan Çalhanoglu tem 31 anos e já afirmou sonhar terminar a carreira no Inter Milão, embora tenha sido associado a uma transferência ao Galatasaray. Na última época o médio fez 47 jogos com 11 golos e oito assistências no registo.

Eis a mensagem de Hakan Çalhanoglu na íntegra:

«Depois da lesão que sofri na final da Liga dos Campeões, decidimos que eu deveria viajar com a equipa para os EUA. Estar lá, a apoiar os rapazes mesmo sem poder jogar, significou muito para mim.

Infelizmente, durante os treinos nos Estados Unidos, sofri outra lesão numa zona completamente diferente. O diagnóstico: uma rotura muscular.

Essa lesão impossibilitou-me de estar em campo durante este torneio. Não há mais nenhuma razão. Não há mais nada por trás disso.

Ontem, perdemos. E doeu. Senti tristeza, não apenas como jogador, mas como alguém que se preocupa verdadeiramente.

Apesar de estar atualmente lesionado, peguei no telefone logo a seguir ao jogo e liguei a alguns colegas de equipa para lhes levantar o ânimo. Porque é isso que se faz quando nos preocupamos com a nossa equipa.

O que me surpreendeu ainda mais foram as palavras que vieram a seguir. Palavras que atingiram duramente. Palavras que dividem, não unem.

Na minha carreira, nunca procurei desculpas. Sempre assumi a responsabilidade. Joguei mesmo com dor. Liderei, especialmente em momentos difíceis.

Não com palavras, mas com acções.

Respeito todas as opiniões – mesmo as de um colega de equipa, mesmo as do presidente do clube. Mas o respeito não é uma via de sentido único.

Sempre demonstrei respeito dentro e fora do campo e acredito que no futebol, tal como na vida, a verdadeira força reside no respeito, especialmente quando as emoções estão ao rubro.

Nunca traí este clube. Nunca disse que não estava feliz no Inter.

Houve ofertas no passado, tentadoras. Mas eu fiquei. Porque, no fundo, sei o que esta camisola significa para mim e acreditei que as minhas acções falavam claramente.

Tive a honra de usar a braçadeira de capitão pelo meu país. E aprendi que liderança significa apoiar a equipa – e não apontar o dedo quando é mais fácil.

Adoro este jogo. Adoro este clube. E adoro as cores pelas quais lutei todos os dias.

O que o futuro nos reserva agora, veremos.

Mas a história recorda sempre aqueles que se mantiveram firmes, não aqueles que gritaram mais alto».