No mundo da Fórmula 1, a dinâmica entre os membros da equipa é frequentemente tão emocionante quanto as próprias corridas. O recente confronto entre Lewis Hamilton e George Russell é um exemplo perfeito. Os dois companheiros de equipa da Mercedes, que partilharam a box durante três temporadas, foram os mais difíceis concorrentes um do outro. No entanto, numa revelação sincera, Russell admitiu que, se pudesse herdar uma característica de Hamilton, seria o seu superior ritmo de corrida.
Russell, um graduado da equipa júnior, juntou-se à Mercedes em 2022, substituindo Valtteri Bottas. A sua introdução na equipa não passou despercebida. Russell rapidamente deixou a sua marca contra Hamilton, que detém o título de piloto mais bem-sucedido da Fórmula 1, superando o sete vezes Campeão do Mundo nas temporadas de 2022 e 2024. Ele também registou uma impressionante vitória de 19-5 sobre Hamilton no confronto direto de qualificação da F1 em 2024.
No entanto, apesar do seu desempenho estelar, Russell reconhece que a destreza de Hamilton nos dias de corrida era inigualável. “Ele estava sempre muito rápido nas corridas,” partilhou Russell durante uma aparição na Virgin Radio, acrescentando que, embora sentisse que tinha igualado o nível de Hamilton no final do seu tempo juntos, Hamilton demonstrava consistentemente uma força excepcional nas corridas.
Para ilustrar o seu ponto, Russell comparou a qualificação a um sprint e a corrida a uma maratona. “Eu era melhor no sprint, como tal, sabes, num sprint de 100 metros. Ele era melhor ao longo da corrida,” explicou.
Hamilton, que agora corre pela Ferrari, deixou uma marca indelével em Russell, não apenas como concorrente, mas também como colega de equipa. O piloto recordista possui o maior número de vitórias em corridas (105), poles (104), pódios (202) e um recorde igualado de sete Campeonatos do Mundo. Russell descreveu ter um Campeão do Mundo sete vezes como colega de equipa como uma oportunidade única de demonstrar as suas capacidades.
Além da pista, Russell também admirou a capacidade de Hamilton de manter a moral da equipa durante tempos desafiantes e a sua dedicação aos fãs. De acordo com Russell, a saída de Hamilton da Mercedes marca o fim de uma era. No entanto, ele acredita que também apresenta oportunidades emocionantes para o desporto, para ele próprio, para o seu novo colega de equipa Kimi Antonelli, e para a equipa Mercedes.
No mundo acelerado das corridas de Fórmula 1, uma coisa é certa: a competição nunca acaba. A admissão de Russell sobre o ritmo de corrida superior de Hamilton não é um sinal de derrota, mas um testemunho do seu respeito pelo seu antigo colega de equipa e um desafio para continuar a melhorar. À medida que a nova temporada se desenrola, aguardamos ansiosamente para testemunhar estes dois talentos continuarem a sua rivalidade na pista, embora agora representando equipas diferentes.