O novo selecionador de Itália, Gennaro Gattuso, vai fazer a sua estreia esta sexta-feira no confronto com a Estónia para a qualificação do Mundial'2026 e a sua missão é garantir o apuramento dos italianos. "Estou tenso como uma mola", disse aos jornalistas, "Também sinto o peso da responsabilidade porque já vesti esta camisola. Uma coisa é certa, não tenho medo", garantiu. 

Antes de acabar a sua carreira como jogador, Gattuso foi campeão do mundo em 2006 e ganhou a Liga dos Campeões duas vezes com o Milan, mas agora está no comando técnico da Squadra Azzura desde junho. A missão do ex-jogador é garantir que a Itália vai competir no Mundial de 2026, depois da seleção não ter marcado presença nas edições de 2018 e 2022. Contudo, tal como Gattuso reconhece "não é um trabalho fácil", visto que está a nove pontos da Noruega no Grupo I, que tem dois jogos a mais e uma vitória de 3-0 frente aos italianos em junho, que levou à demissão de Luciano Spalleti. 

Para além da diferença de pontos, a Itália precisa de recuperar 12 golos em relação à Noruega. Ainda assim, o treinador de 47 anos não espera milagres: "A Itália nunca foi uma nação de vitórias estrondosas, por isso não podemos fingir que vamos ganhar por cinco ou seis golos". Gattuso acrescentou ainda que é preciso "entrar em campo com autoridade e orgulho", sem se focarem "apenas em marcar o maior número possível de golos". 

"Espero um sentimento de pertença, a vontade de se sacrificar, de dizer coisas desconfortáveis aos seus companheiros de equipa", realçou o técnico italiano ao afirmar que, apesar de estar sob pressão para se qualificar para o Mundial, "o medo não deve entrar em nós". 

A seleção italiana recebe a Estónia esta sexta-feira e depois parte para Debrecen, na Hungria, onde vai defrontar Israel três dias depois.