O Chelsea é o grande vencedor da UEFA Conference League de 2024/25! Numa final repleta de nervos, na qual Pedro Neto foi titular, o Betis começou muito melhor, mas depois sucumbiu à magia de Cole Palmer e de Jadon Sancho e a um golo de um ex-jogador do Benfica.  

A 1.ª parte foi praticamente perfeita para o Betis, que soube anular o 3-3-4 do Chelsea em fase ofensiva. A equipa de Manuel Pellegrini não permitiu nenhuma chance de perigo – Cole Palmer (6’) foi o único a acertar com a baliza antes do intervalo, com um remate fraco – e atacava sem complexos e com muita confiança.

Malo Gusto atuava como lateral invertido, juntando-se a Enzo Fernández e Moisés Caicedo no meio-campo, mas foi o francês que perdeu a bola no golo do Betis, no qual Isco foi muito inteligente a descobrir Ezzalzouli (9’), que estava desmarcado devido ao posicionamento de Gusto.

Marc Bartra (14’) obrigou Jorgensen a uma grande defesa e Johnny Cardoso só não marcou (21’) devido a um corte providencial de Badiashile. Sinais de que o Betis estava melhor no jogo. Pedro Neto bem tentava remar contra a maré, mas a defesa do Betis era impenetrável e o ataque do Chelsea desmoralizador.

Enzo Maresca não estava a bater o mestre: foi treinado por Pellegrini no Málaga entre 2008 e 2010 e foi adjunto do chileno no West Ham, de 2018 a 2020. Assim, fez entrar (sem surpresas) Reece James para o lugar de Malo Gusto, mas a estrutura e a estratégia não mudaram.  

Mundo virado de pernas para o ar 

O Betis adormeceu na 2.ª parte, Isco e Antony perderam inspiração e a equipa não reagiu aos sinais do Chelsea – remate perigoso de Reece James (56’) desviado por Natan –, permitindo que a equipa londrina se galvanizasse e chegasse ao empate. Já com Pedro Neto fora de campo, Enzo Fernández (65’) marcou de cabeça após um passe magistral de Cole Palmer.

A equipa espanhola, de repente, ficou apática, nervosa e, acima de tudo, sem respostas para o génio de Cole Palmer, que rodopiou sobre Jesús Rodriguez antes de assistir Nicolas Jackson (70’), de pé direito, para o golo da reviravolta. Em cinco minutos, o mundo do Betis ficou virado de pernas para o ar.

Pellegrini teve depois de substituir o ponta de lança, Cédric Bakambu, por Aitor Ruibal, habitual lateral direito. Algo sintomático da falta de opções dos andaluzes. Maresca, por seu lado, colocou Jadon Sancho em campo e o jogador emprestado pelo Manchester United fez um golaço de pé direito (83’) que selou a vitória.

Moisés Caicedo ainda dissipou qualquer dúvida no resultado com um pontapé fulminante de fora da área (90+1'), após uma assistência de Enzo Fernández.

Há que dar mérito a Enzo Maresca: esta vitória é o coroar de uma primeira época de sucesso no Chelsea, após terminar a Premier League no 4.º lugar e de garantir a qualificação para a UEFA Champions League. É o segundo troféu do treinador italiano, que ganhou o Championship com o Leicester há um ano.

Esta vitória também marcou o fim de um registo sensacional: pela primeira vez em 24 anos, uma equipa espanhola perdeu uma final europeia - a última vez que tal acontecera fora na final da Champions de 2002, quando o Bayern bateu o Valência nas grandes penalidades (1-1, 5-4). As equipas castelhanas tinham vencido, até hoje, cada uma das últimas 23 finais europeias em que tinham marcado presença.